O assunto não sai da mídia nos últimos dias. É taxa para cá, taxa para lá, recuos, voltas, aumenta taxa, abaixa taxa.
Mas toda essa barafunda criada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ate trazer resultados positivos para a economia do Rio Grande do Norte. Isto é, se ele não mudar de idéia daqui para amanhã e subir ou baixar taxas sobre frutas, sal, peixes ou outro produto exportado pelo RN.
Um estudo realizado por pesquisadores do Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica e Ambiental Aplicada da Universidade Federal de Minas Gerais mostra que os estados cuja produção está relacionada ao agronegócio tendem a encabeçar a lista dos vencedores com essa taxação, em oposição, os Estados mais industrializados devem ficar no prejuízo se o presidente Trump, o dono do mundo, resolver manter ou aumentar as taxas sobre produtos brasileiros.
Segundo o pesquisador Edson Paulo Domingues, se essa guerra entre EUA e China se mantiver a economia brasileira poderia ter um impacto positivo de até 0,02% do PIB com o crescimento das exportações de produtos agropecuários para a China e União Européia em substituição a produtos comprados dos EUA. Mas alguns produtos como ferro e aço que tiveram a taxação mantida em 25% irão sofrer para recuperar mercados e escoar sua produção.
Entre os Estados brasileiros, os que mais ganhariam com essa guerra seriam Mato Grosso e Goiás devido à sua atividade agrícola, como é o caso da soja. Já São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro seriam negativamente afetados, destacando as diferenças regionais nos impactos das tarifas.
As conclusões da análise mostram que o Mato Grosso (R$ 2 bilhões), o Mato Grosso do Sul (R$ 292 milhões) e Goiás (R$ 259 milhões) são estados em que as tarifas de Trump teriam impacto pela preponderância de atividades agrícolas. Por outro lado, pela atividade industrial, São Paulo (R$ -1,6 bilhões) e Minas Gerais (R$ -560 milhões) ficam com essas perdas causadas pelas tarifas.
Com informações do site Metropoles .