A saída da deputada Eudiane Macedo dos quadros do PV prevista para a próxima quarta-feira quando ela se reúne com a direção do partido significa muito mais do que apenas a perda de um deputado para a Federação Brasil da Esperança formada com o PT e o PC do B. A saída da deputada, na verdade, abre as portas para que o PV perca todos os seus representantes na Assembleia e cria uma dificuldade para o PT na disputa por vagas no legislativo estadual nas eleições do próximo ano.
Na verdade, o PV sempre foi um partido pequeno, mas ganhou três deputados que nada tinham a ver com a militância história do partido em torno das pautas ambientalistas. Os deputados que passaram a fazer parte da bancada do partido foram lá alojados pela governadora Fátima Bezerra (PT): a própria Eudiane Macedo, Hermano Moraes e George Soares que depois de assumir a vaga de conselheiro do TCE abriu a vaga para o deputado Vivaldo Costa.
A saída de Eudiane, de malas prontas para o União Brasil, enfraquece a bancada, já que Vivaldo Costa aos 85 anos já adiantou que pretende não disputar mais eleições e Hermano agora tem que avaliar muito bem se ficar na federação com um PT fortalecido com três deputados e uma nominata com nomes como o da ex-prefeita de Jandaíra, Marina Marinho, e a ex-vereadora Julia Arruda com a candidatura pelo PC do B será o melhor caminho para ele.
Embora possa ficar apenas com Vivaldo como representante na Assembleia, o PV quer a indicação para uma vaga na chapa majoritária nas eleições do próximo ano. A intenção é conseguir ao menos uma vaga de suplente de senador na chapa com Fátima Bezerra e tem como nomes a serem apresentados o presidente do partido, Milklei Leite, que foi candidato a vice-prefeito de Natal com Natália Bonavides, o médico Paulo Davim e os professores Carlos Alberto ou Rivaldo Fernandes, atual superintendente do IBAMA no Rio Grande do Norte, por indicação do partido.