Pelo menos um alento surge quando se avalia a percepção da população sobre a economia. Caiu de 56% para 48% os que acham que a economia do Brasil piorou. De 88% para 79% os que acham que os preços aumentaram nos supermercados. De 70% para 54% os que acham que o preço da gasolina subiu. De 65% para 60% os que percebem que subiu o preço da energia e de 39% para 35% os que acham que a qualidade de vida da família piorou.
Também a expectativa futura está melhor. Caiu de 34% para 30% os que acham que nos próximos 12 meses a tendência em relação a economia é piorar.
Os números refletem os dados da macroeconomia como crescimento do PIB, queda no desemprego, aumento da massa salarial, que começam a ser percebidos pela população. Se essa tendência se mantiver a avaliação pode melhorar.
INSS
Mas, é como disse o ministro Fernando Haddad, a economia é importante, mas não é o único fator que vai definir o resultado da eleição.
Na guerra das narrativas, o governo está levando a pior. Nada menos do que 31% responderam que o governo Lula é o principal responsável pelos desvios no INSS, 14% que é o próprio INSS, e só 8% que é o governo Bolsonaro.
Não basta ao governo ficar nessa disputa de quem é o culpado. O que precisa é ação para a comunicação funcionar: prender os responsáveis e devolver o dinheiro de quem foi roubado.
IOF
O tema do IOF é muito menos popular, mesmo tendo sido amplamente noticiado. Apenas 39% ouviram falar sobre as mudanças no imposto. Mesmo assim dos que ouviram falar no tema, 41% acham que o governo acertou em voltar atrás na cobrança do imposto para aplicações em fundos de investimento e 23% não sabem responder. Já em relação ao imposto na compra do dólar, 50% acha que o governo está errado em manter esse imposto, enquanto 28% acham que está certo e 22% não sabem.
Segurança
Até que o governo tenta dar uma atenção à questão da segurança pública, mas o tema tem sido ofuscado pela sopa de letrinhas em que o governo se meteu com o INSS e o IOF. A principal preocupação da população é com a violência, tema apontado por 30% dos entrevistados, seguido pelas questões sociais com 22% e a economia com 19%. Logo depois, com 13% vem a corrupção, a frente da saúde, citada por apenas 10% dos entrevistados.