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Caso do filhote e ética na formação veterinária

Conforme o blog noticiou no sábado, o uso de um filhote da raça Beagle, de apenas seis meses em uma atividade prática do curso de Medicina Veterinária da Universidade Potiguar (UnP), em Mossoró, continua gerando repercussão. O episódio levantou um debate sobre ética na formação acadêmica e os limites do uso de animais em treinamentos médicos.

Organizações de proteção animal e defensores da causa rapidamente se manifestaram em nota oficial contra o ocorrido. E a Universidade Potiguar que não havia sido citada na nota assumiu que o caso aconteceu em seu departamento de veterinária e também divulgou uma nota afirmando que repudia veementemente qualquer prática que configure maus-tratos aos animais e que iniciou uma apuração rigorosa dos fatos. A instituição destacou que o procedimento foi realizado por um especialista convidado, que não faz parte do quadro docente da universidade.

Quem também se manifestou foi o Conselho Regional de Medicina Veterinária que usou suas redes sociais: “O Conselho reitera seu compromisso com a ética profissional, com a responsabilidade no exercício da medicina veterinária e, sobretudo, com a defesa do bem-estar animal em todas as esferas de atuação”.

Ética e Avanços na Educação Veterinária

O caso reacende a discussão sobre práticas pedagógicas na formação veterinária. Métodos alternativos para ensino prático já são adotados em diversas universidades ao redor do mundo, reduzindo o uso de animais vivos em treinamentos invasivos. É essencial que haja um equilíbrio entre a necessidade de aprendizado dos futuros profissionais e o respeito à vida animal.

A UnP garantiu que tomará todas as medidas cabíveis e que está à disposição das autoridades competentes. A repercussão desse episódio pode ser um marco para a revisão de protocolos acadêmicos, incentivando um ensino mais alinhado com princípios éticos e de bem-estar animal.

 


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