Com boa parte da sua base política entre o funcionalismo público, o governo do PT reforçou a divulgação sobre a realização de concursos públicos e contratação de novos servidores no governo federal. Ontem, na divulgação dos programas do governo, um item da pauta foi o Concurso Nacional Unificado, maior concurso público já feito no país que ofereceu 6.640 vagas em 21 órgãos públicos federais e teve mais de 2,11 milhões de inscritos confirmados.
O ministério da gestão divulgou que essa foi a maior contratação da Administração Pública Federal dos últimos 10 anos, segundo dados do Painel Estatístico de Pessoal.
Segundo informações da Agência Brasil, em 2023, ano em que as vagas foram autorizadas, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos autorizou a realização de concurso para mais de 9 mil cargos efetivos, somando o CNU e outros certames e em 2024 mais 2282 vagas foram autorizadas para a realização de concursos.
O governo alega que há a necessidade do concurso para substituir os servidores que se aposentam. Segundo o Ministério, atualmente há cerca de 66,3 mil servidores recebendo abono de permanência, que é a devolução da contribuição previdenciária a quem já tem direito de se aposentar e prefere continuar trabalhando. O abono pode ser pago até os 75 anos, idade da aposentadoria compulsória, ou até quando o servidor solicitar o benefício previdenciário.
Além disso, as projeções indicam a aposentadoria de aproximadamente 57 mil servidores do Executivo Federal entre 2024 e 2026.
CNU 2
Este ano está prevista a realização da segunda edição do CNU com provas em agosto. O ministério confirmou que duas carreiras serão incluídas no concurso. As novas carreiras transversais são Analista Técnico de Justiça e Defesa e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico, ambas de nível superior.
Carreiras transversais são aquelas com atribuições e responsabilidades que podem ser exercidas em diversos órgãos e entidades da administração pública federal.