ezequiel e alvaro.jfif

Em busca da tábua de salvação

Em busca de tábua de salvação

O PSDB começou conversas para uma possível fusão com o Republicanos a nível nacional em uma reunião  em Brasília.  A movimentação partidária está intensa em virtude da preocupação com a cláusula de desempenho. 

O problema é que o PSDB, que durante anos polarizou com o PT na política nacional, está minguando e corre o risco de não atingir a cláusula de desempenho em 26 podendo perder acesso ao tão almejado Fundo Partidário.  Pelas regras aprovadas em 2017, e que passaram a valer nas eleições de 2018, com um aumento nas exigências a cada eleição que passa, os partidos precisarão nas eleições do próximo ano eleger ao menos 13 deputados federais ou ter 2,5% dos votos válidos para Câmara e 1,5% em pelo menos nove estados. Caso esse patamar não seja atingido, as siglas perderão acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda em rádio e televisão.

Hoje, o PSDB tem uma bancada em federação com o Cidadania de 17 deputados e três senadores. Isso tem levado o partido a se mexer em busca de união com outras siglas. Junto com o PSDB, o novo partido teria 56 deputados; atrás, apenas, do PL e do União Brasil, Mas os tucanos têm conversado também com o Podemos, o MDB e até com o PSD.

A depender do desfecho dessas conversas, as mudanças partidárias no Rio Grande do Norte são inevitáveis. Na verdade já começaram com a entrada do senador Styvenson Valentin no ninho tucano. O senador é ferrenho opositor do PT e da governadora Fátima Bezerra, mas o deputado Ezequiel Ferreira é da bancada governista, inclusive com vários cargos indicados no governo.

Ezequiel tem uma aproximação muito grande com o vice-governador Walter Alves que preside o MDB e podem estar juntos em 2026 já que Walter já avisou que assume o governo em abril, mas não disputará a reeleição no cargo.

Se a fusão for mesmo com o Republicanos, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, pode voltar ao aconchego do ninho tucano. Álvaro se reelegeu prefeito em 2020 pelo PSDB, mas depois trocou a legenda, comandada no Rio Grande do Norte pelo deputado Ezequiel de Souza, pelo Republicanos que lhe deu o comando o partido no Estado.

No ano passado, surgiram conversas para que o Republicanos fosse entregue no Rio Grande do Norte ao deputado federal Robinson Faria, eleito pelo PL, mas sem uma identificação tão grande com o bolsonarismo. Este ano, o Republicanos ganhou força sob o comando do deputado Marcos Pereira e chegou à presidência da Câmara Federal com o deputado paraibano, Hugo Mota, da cidade de Patos, vizinha a cidade de Caicó, e também base política de Álvaro que criou laços com Hugo Mota quando os dois foram deputados federais em primeiro mandato.  


Notícias relacionadas

Mais lidas

Perfil

Foto de perfil de Heverton Freitas

Heverton de Freitas