Primeiro foi o PT que fez o movimento para tentar viabilizar a candidatura a governador do secretário Carlos Eduardo Xavier. Depois o vice-governador Walter Alves admitiu que não será candidato nas próximas eleições, assumindo o Governo do Estado e buscando fortalecer o MDB.
Agora é o ex-prefeito Álvaro Dias que, ao ver os passos dos adversários, resolveu assumir sua candidatura ao governo do Estado. Ao deixar a Prefeitura no ano passado, ele não escondia dos mais próximos sua vontade de disputar a sucessão da governadora Fátima Bezerra em 2026, mas admitiu que iria viajar para passar uns dias com a filha e os netos que moram no exterior e depois iria analisar o cenário, com base em pesquisas, para ver qual o melhor caminho a seguir.
Passados menos de dois meses do novo ano, Álvaro Dias não arredou os pés do Rio Grande do Norte, a não ser para uma viagem rápida a Brasília para prestigiar a eleição no deputado Hugo Mota, na presidência da Câmara dos Deputados, e resolver assumir a pré-candidatura a governador, deixando de lado um Plano B para o Senado ou a Câmara Federal.
Álvaro assumiu um discruso mais duro e focado na governadora Fátima Bezerra e no PT que durante toda sua gestão fez uma oposição implacável a ele e, agora em 2025, tem feito um trabalho para descontruir sua imagem a partir das obras entregues e da situação financeira da Prefeitura, buscando a toda hora levar ao Judiciário fatos ou assuntos levantados pela imprensa.
A questão agora é saber se sua candidatura irá se consolidar como a opção escolhida pelo grupo que elegeu o prefeito Paulo Freire ou se será uma segunda via diante da disposição do senador Rogério Marinho de também ser candidato ao mesmo cargo.
Rogério tem a vantagem de, na polarização, ser o legitimo representante do bolsonarismo. Álvaro tem a seu favor o fato de vir fazendo o contraponto com a governadora Fátima Bezerra desde os tempos da pandemia quando os dois batiam de frente em quase todas as decisões tomadas.