A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado divulgou uma nota técnica hoje em que confirma informações divulgadas ontem no blog. De acordo com a Nota, o tarifaço de 50% imposto pelo presidente Trump aos produtos importados do Brasil atinge 48,1% das exportações do Estado no primeiro semestre deste ano.
A imposição unilateral de uma tarifa adicional de 50% sobre quase metade das exportações potiguares para o mercado americano, anunciada no último dia 30 de julho pelo governo dos EUA e vigente a partir de 6 de agosto, pode comprometer significativamente setores fundamentais da economia local.
De acordo com a Nota Técnica nº 02/2025, produzida pela Secretaria, cerca de 48,1% do valor das exportações realizadas no primeiro semestre de 2025 sofrerão o impacto da sobretaxa. O volume total de vendas do RN para os EUA neste período somou US$ 67,1 milhões, com destaque para óleo combustível (US$ 23,9 milhões), produtos de origem animal não destinados ao consumo humano (US$ 10,3 milhões), e frutos do mar, como albacoras frescos (US$ 4,7 milhões).
A medida americana isenta apenas a castanha de caju e óleos combustíveis da nova tarifa, o que não diminui a preocupação da classe produtora e das autoridades potiguares.
O governo do Rio Grande do Norte está trabalhando em articulação com o Governo Federal para ampliar a ação diplomática e buscar formas de reinversão ou mitigação da medida americana.
Paralelamente, o Estado estuda algumas medidas compensatórias para as empresas afetadas pela medida visando resguardar os empregos como a antecipação de créditos vinculados à exportação com linhas financeiras que permitam às empresas anteciparem recebíveis a taxas mais vantajosas e benefícios fiscais ampliados para empresas já atendidas pelo Proedi.
Esta nova realidade impõe uma série de desafios para setores como pesca, agroindústria e mineração, que poderão sentir o aumento dos custos e a diminuição da competitividade. A intenção do Estado é dar esse apoio imediato enquanto os exportadores prospectam novos mercados ou enquanto durarem as tarifas americanas.