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Governo do RN prepara pacote para diminuir perdas com tarifaço americano sobre exportações

O Governo do Rio Grande do Norte está elaborando um pacote de medidas fiscais para reduzir o impacto da nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A sobretaxa, que entra em vigor no dia 6 de agosto de 2025, atinge a maioria das mercadorias exportadas pelo estado, como sal marinho, pescado, frutas, e até produtos industrializados como caramelos. Entre os principais produtos exportados pelo RN, apenas petróleo e alguns derivados, como combustíveis e polímeros selecionados, ficaram de fora da nova taxação.

Logo que saiu a relação com os produtos excluídos do tarifaço, a equipe da secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado iniciou um estudo técnico detalhado sobre os itens afetados, com base na lista divulgada pelas autoridades norte-americanas. O levantamento já confirmou que a maior parte dos produtos potiguares exportados para os EUA será atingida.

Diante do cenário, o governo estadual deverá anunciar um conjunto de ações de benefícios fiscais especialmente para as empresas que já tem o benefício do Proedi que poderão ter o benefício ampliado. Também devem ser levadas para a governadora Fátima Bezerra propostas de incentivo não só na área fiscal.

O pacote também pode incluir mecanismos de antecipação de créditos vinculados à exportação. A proposta é criar linhas financeiras que permitam às empresas anteciparem recebíveis a taxas mais vantajosas, oferecendo fôlego para manter a competitividade enquanto esses setores tentam buscar novos mercados consumidores, principalmente na Europa e na Ásia.

O plano será apresentado oficialmente à governadora nos próximos dias, com a expectativa de que as medidas entrem em vigor antes da data-limite da nova tarifa americana. A prioridade é minimizar perdas imediatas, garantir a continuidade das operações e preservar empregos no setor exportador.

No primeiro semestre de 2025, o Rio Grande do Norte exportou mais de US$ 67 milhões para os Estados Unidos, tendo o sal, o pescado e as frutas entre os principais produtos enviados. Com a nova barreira tarifária, esses setores enfrentam riscos concretos de retração nas vendas, perda de margem e redução na produção.


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