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O futuro do etanol

O Brasil avança na transição energética com a proposta do aumento da mistura de etanol na gasolina para 30% (E30) ainda em 2025. Defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, essa medida pode gerar impactos significativos na economia e no setor de biocombustíveis. Mas e o Rio Grande do Norte? 

O estado se destaca pela produção de energias renováveis, como eólica e solar, mas ainda mantém a relevância na produção do etanol. A adoção do E30 pode fortalecer a cadeia produtiva do biocombustível e abrir espaço para investimentos, gerando empregos e impulsionando ainda mais a economia potiguar.

A Ceará Mirim Agroindustrial, por exemplo, é uma moderna usina de etanol, instalada no município de Ceará-Mirim com foco na produção de etanol hidratado para comercialização em diferentes mercados do Nordeste, a partir do processamento da cana-de-açúcar. Na safra passada, a empresa fechou com uma produção de 440 mil  toneladas de cana de açúcar. Para  a próxima safra, a expectativa é aumentar a produção em cerca de 35% e chegar a algo em torno de 600 mil toneladas. A empresa gera, no período de safra, 500 empregos diretos.

A empresa dispõe de uma área com mais de 6 mil hectares, dos quais cerca de 3 mil são áreas de cultivo próprio de cana-de-açúcar, e ainda conta com mais de 130 produtores terceirizados e é certificada no programa RenovaBio da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para a emissão de Créditos de Descarbonização (CBIOs) e comercialização no mercado.

Produção de Etanol em Expansão 

O crescimento da safra de etanol, impulsionado pela safrinha de milho, se conecta com os avanços do setor sucroenergético no Brasil. No Centro-Sul, a produção atingiu um recorde de 35,58 bilhões de litros na safra 2024/25. Para o Nordeste, esse crescimento pode abrir novas possibilidades para a diversificação da produção.

Perspectivas 

O Combustível do Futuro, sancionado em novembro de 2024, já prevê o aumento da mistura do etanol na gasolina para 35% nos próximos anos. Se bem estruturado, esse avanço pode ser uma revolução para a economia sustentável do Brasil, e o Rio Grande do Norte pode estar na vanguarda desse processo.

E você, o que acha? O etanol tem potencial para ser um diferencial econômico e ambiental para o Rio Grande do Norte?


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Heverton de Freitas