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Nova administração precisa decidir se seguirá com trincheira na Alexandrino

O acidente que vitimou o oftalmologista Araken Britto levantou polêmica a cerca de responsabilidades pelo ocorrido. Alguns culpando o motorista da carreta outros até querendo culpar a vitima que estaria na faixa do meio da pista e não na ciclofaixa da direita.

Aquela é uma via compartilhada entre ônibus e ciclistas ou demais veículos para entrar à direita ou acessar algum estabelecimento comercial no trecho. A marcação vermelha que lá estava acabou se apagando porque houve um questionamento quanto ao uso da cor vermelha que é exclusiva para ciclovia. Mas a sinalização continua presente.

Independente disso, o artigo 29 do código de Trânsito é explicito quando afirma que “os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, jutos, pela incolumidade dos pedestres”.

O problema ali é que aquele trecho da Salgado Filho entre a Alexandrino de Alencar e a Avenida Nevaldo Rocha é de fato muito estreito para três faixas de veículos, ainda mais com o tráfego constante de carretas.

Projeto antigo

A STTU tem um projeto para alargar aquela via desde 2004, mas até hoje não saiu do papel por falta de dinheiro ou por oposição de alguns que não aceitam modificações e os transtornos que essas obras causam.

No caso especifico, o alargamento da Salgado Filho naquele trecho se daria com a diminuição daquele canteiro central e os recursos para a obra foram liberados desde o ano passado já que faz parte do projeto da trincheira entre a Salgado Filho e a Alexandrino de Alencar, mas enfrentou uma forte oposição.

O vereador Daniel Valença (PT) chegou a entrar na justiça federal e conseguiu uma liminar embargando a obra. A Prefeitura apelou e derrubou a liminar no TRF 5 em Recife. Ao custo superior a 24 milhões de reais, a obra foi licitada. A vencedora Potiguar Construtora desistiu do contrato e a empresa TCPAV – Tecnologia em Construção e Pavimentação LTDA firmou o contrato para realizar a obra.

Parte dos recursos foi liberado e utilizado nas obras nas vias que serviriam como escoamento do trânsito enquanto seria feita a trincheira, leia-se binário e novo asfalto da Jaguarari e São José, mas em ano eleitoral e diante da forte reação de pessoas muito influentes na cidade a trincheira em si até hoje não começou.

A nova gestão municipal agora se depara com um problema para resolver: ou toca a obra da trincheira com todo o desgaste que ela irá ocasionar pelos problemas que causará no trânsito ou pode ter que devolver alguns milhões já usados nos “desvios” por não ter garantido a funcionalidade do projeto.  


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