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MEC cria prova para avaliar formandos de medicina

A multiplicação dos cursos de medicina está formando muitos profissionais sem os conhecimentos necessários para o exercício da profissão. Pelo menos é isso o que alegam as entidades médicas que vem na mercantilização do ensino médico uma forma perigosa de instituições de ensino privada ganharem dinheiro.

Por outro lado, os que defendem uma democratização do acesso à saúde alegam que o objetivo dessas entidades é apenas manter o mercado fechado para terem sua atividade valorizada.

Para tentar resolver o problema, o Ministério da Educação instituiu oficialmente, por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União, o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed). A nova prova será obrigatória para todos os estudantes concluintes de cursos de Medicina e tem como objetivo avaliar o desempenho acadêmico e a adequação da formação médica às Diretrizes Curriculares Nacionais e às necessidades do SUS.

Com aplicação anual e descentralizada, a prova será realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e não terá cobrança de taxa de inscrição para os concluintes.

Além de aferir conhecimentos, habilidades e competências essenciais para o exercício profissional, os resultados também poderão ser aproveitados por quem deseja concorrer a uma vaga no Exame Nacional de Residência, voltado a especialidades de acesso direto.

Segundo o MEC, a primeira edição do Enamed está prevista ainda para 2025, com aplicação em cerca de 200 municípios e expectativa de participação de aproximadamente 42 mil candidatos, incluindo estudantes e médicos já formados. A prova deve conter 100 questões de múltipla escolha abordando áreas como clínica médica, cirurgia, pediatria, ginecologia e obstetrícia, saúde coletiva, medicina da família e saúde mental.


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