O governo insiste em lançar programas e projetos que espera revertam a queda de popularidade Na entrevista coletiva que concedeu antes de embarcar para Paris, Lula disse que o governo pretende lançar ainda este ano três novos programas: o vale gás, um programa para reforma de casas e uma linha de financiamento de motocicletas para trabalhadores de aplicativos.
Lula afirmou que o governo vive um dos seus melhores momentos em termos de políticas de inclusão social e indicadores econômicos. "Temos ainda três coisas para lançar e que estamos trabalhando com muito carinho: um programa de gás, quase um gás na cesta básica das pessoas mais pobres desse país, porque não é justo a Petrobras vender um botijão de gás por R$ 37 [.] e muitas vezes ele chega em alguns estados a R$ 140. Coitado do consumidor. [.] Ou seja, não é possível. [.] Está pronto o programa. Estamos escolhendo a data de lançar", afirmou Lula.
"Outro programa é de reforma de casas. E também estamos trabalhando com muito afinco um programa de crédito para financiar motocicletas pros entregadores desse país. E também temos que garantir um lugar para os motociclistas terem um apoio. Hoje ele não consegue nem se lavar. E todas as concessões das rodovia vai ter um lugar para os motoristas", completou o presidente.
O presidente avaliou que o país vive um momento de colheita dos projetos planejados desde o início de seu mandato: "Hoje, eu me sinto muito, mas muito feliz. Porque tudo que nós pensamos quando disputamos as eleições, tudo que pensamos quando tomamos posse, tudo que pensamos e que foi elaborado na Comissão de Transição está sendo executado. Nós estamos fazendo uma colheita muito promissora nesse país".
Ao falar sobre o desempenho da economia, Lula celebrou o atual cenário. "Eu posso afirmar para vocês que nunca houve no país um momento de tanta combinação entre políticas de inclusão social, mais emprego, mais salário, mais distribuição de programas sociais, mais PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]", afirmou.
O problema é que no meio do caminho aparecem as crises do INSS e do IOF que ofuscam esses programas e levam ao crescimento de despesas que por sua vez levam a cobrança de mais impostos. Ou seja, o governo dá com uma mão e tira com a outra e o eleitorado, a julgar pelas pesquisas não está gostando nada disso.