Há 10 anos, a Latam anunciou o início de análises de viabilidade para a instalação de um hub de vôos internacionais no Nordeste. Na época entraram na disputa Fortaleza, Natal e Recife. O principal objetivo da empresa, conforme anunciado era ampliar a atuação em voos entre a América do Sul e a Europa, considerando a posição geográfica estratégica da região Nordeste.
Foram muitos reuniões em São Paulo, outras tantas aqui em Natal, produção de relatórios para cá e para lá, envio de dados e informações, todos atrás de novos voos, destinos, rotas e conexões para toda a área ao Norte do Distrito Federal, especialmente as Regiões Norte e Nordeste. O novo Hub iria significar uma ampliação significativa de opções de conectividade para os passageiros, tanto em voos dentro do Brasil, como nas conexões com a América Latina e com grandes centros europeus. E para os governos uma vitória política importante porque também significaria mais empregos para muita gente com a multiplicação no número de voos.
Dois anos depois muita frustração de quem participou desse processo. O tão esperado hub da Latam no Nordeste foi suspenso pela empresa e o projeto, que prometia investimentos de US$ 1,5 bilhão adiado por considerar que já não tinha viabilidade econômica para ser concretizado. Na época, estimava-se que o novo centro de distribuição da companhia aumentaria em 2 milhões de passageiros transportados a partir de 2018 e a expectativa era de chegar a 3.2 milhões em 2038.
Agora, 10 anos depois, sem muito alarde e sem competição entre aeroportos, o CEO da Latam, Roberto Alvo, disse em entrevista ao jornal colombiano Reportur que considera criar um hub internacional em Fortaleza. ‘Hoje em dia temos um hub importante em Fortaleza, doméstico, com 60 ou 70 operações diárias. “Sempre fizemos isso com a expectativa de que amanhã possamos expandir essa operação internacionalmente”, declarou.
De Fortaleza, a Latam já voa para 3 destinos internacionais: Santiago, Miami e Lisboa.
Natal fica fora mais uma vez.