Enquanto o governo Lula segue na toada de aumentar gastos com programas sociais, achando que isso vai levantar sua popularidade, um levantamento realizado pelo instituto Paraná Pesquisa entre os dias 18 e 22 de junho de 2025 revela que a percepção da população brasileira sobre a economia permanece pessimista. O estudo ouviu 2.020 eleitores em 162 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e grau de confiança de 95%.
A pesquisa buscou levantar a percepção da população sobre temas como aumento dos preços dos produtos e alguns pontos simbólicos, como o preço da picanha, que foi mote de campanha do próprio Lula.
Para metade dos entrevistados o preço da picanha está um pouco ou muito mais alto no governo Lula do que era no governo Bolsonaro. Para metade dos entrevistados (50%), o preço da carne está mais alto do que no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro — sendo que 33,2% acreditam que está “muito mais alto”. 21,7% acham que não houve alteração de preços e apenas 17% acham que o preço do produto caiu.
Segundo o levantamento, 71,4% dos entrevistados afirmam que os preços dos produtos nos supermercados aumentaram desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reassumiu o governo, em janeiro de 2023 e só 9,4% acham que os preços diminuíram. A percepção está um pouco melhor do que na pesquisa de abril quando 73,7% viam um aumento nos preços nos supermercados, mas ainda muito longe de ser confortável.
E a perspectiva de futuro também não é boa. Para 67,1%%, acham que a situação econômica do país não irá permitir que os brasileiros comprem picanha e cerveja com mais facilidade e só 26,3% estão confiantes que a situação irá melhorar. No que devem ter razão pelo menos no que se refere a cerveja já que com a reforma tributária fica instituído o chamado imposto do pecado que será cobrado também sobre bebidas alcoólicas.
A desconfiança é maior entre os homens (71,5%) e nas faixas etárias mais jovens, como os que têm entre 25 e 34 anos (75,5%). Já entre pessoas com mais de 60 anos, o ceticismo diminui um pouco (53,8%), embora ainda prevaleça.
O levantamento indica ainda que o pessimismo econômico é generalizado entre as regiões, mas se mostra mais intenso no Sul (74,6%) e no Sudeste (69,2%). No Nordeste, 59,9% acham que a situação econômica não permitirá esse consumo até o fim do mandato.