O Na Hora H tem procurado acompanhar os passos e os rumos da transição energética no mundo. A notícia abaixo da agência de notícias Reuter, mostra que até mesmo a Arabia Saudita, que tem sua economia bancada em grande parte pela produção e exportação de petróleo, parte para investimentos na substituição ainda que gradual dos combustível fóssil pelas energia renováveis e aposta, especialmente na energia solar.
Leia abaixo:
Empresas sauditas assinaram acordos de compra de energia neste domingo (13) para projetos de energia limpa com uma capacidade de 15 gigawatts e investimentos no valor de cerca de US$ 8,3 bilhões (R$ 46 bilhões), informou a agência de notícias estatal saudita (SPA).
Os projetos incluem cinco usinas solares fotovoltaicas e tem como meta construir até 130 gigawatts de capacidade renovável até 2030, segundo informou no ano passado.
Com um clima dominado por sol intenso durante a maior parte do ano e vastas áreas desérticas sem uso urbano ou agrícola, a Arábia Saudita reúne condições naturais ideais para se tornar uma gigante da energia solar.
Atualmente, a energia limpa representa uma quantidade insignificante da geração de eletricidade na Arábia Saudita, mas o país planeja construir fazendas solares em um ritmo acelerado.
O megaprojeto Sudair representa um dos maiores esforços do país para diversificar sua matriz energética —pode iluminar 185 mil residências. É o primeiro de muitos projetos gigantes planejados para aumentar a produção de fontes de energia renovável, incluindo solar e eólica, para cerca de 50% até 2030.
Os sauditas têm dinheiro e estão livres dos longos processos de licenciamento ambiental. Além disso, a relação próxima com a China também é fator positivo. O país está fornecendo grande parte do equipamento renovável.
Em agosto de 2024, a China Energy Engineering firmou um contrato de US$ 972 milhões para construir um parque solar de 2 GW no país, em conjunto com parceiros como PIF, ACWA Power e Aramco Power.
Em paralelo, JinkoSolar e TCL Zhonghuan fecharam acordos bilionários —respectivamente US$ 985 milhões (R$ 5,6 bilhões) e US$ 2,08 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões)— para projetos de células solares e wafers na Arábia Saudita
O país aposta em energia abundante e de baixo custo pode atrair setores intensivos em energia, como a siderurgia.
A Acwa está ajudando a construir o que provavelmente será a maior planta do mundo para produção de hidrogênio verde, com o objetivo de exportar para a Europa e outros lugares com custos mais altos.