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Melhora popularidade do governo Lula

A política é mesmo surpreendente. Inflação em alta, crise no IOF, crise do Pix, derrotas no Congresso. Quem no início  do ano diria  que o governo Lula  conseguiria se recuperar e voltar a se fortalecer.

Nova rodada da pesquisa Quaest atesta o bom momento vivido pelo presidente Lula a ponto de, se as eleições fossem hoje, a oposição não ter nem adversário para enfrentar uma tentativa de reeleição de Lula. 

A aprovação do governo que chegou a 40% em maio vem subindo mensalmente e chega agora em outubro a 49%, empatando com a desaprovação que no mês de maio era de 57%. No Nordeste, o último bastião do lulismo, a aprovação chega agora a 62% contra 36% que desaprovam o governo. No Sudeste, região com maior número de eleitores, os índices chegaram a ser de 64% de desaprovação a 32% de aprovação, agora, embora ainda mais desaprovado, a diferença diminuiu muito caindo de 52% a 44%.

O recuo dos preços de produtos da cesta básica, como ovos e carne, o encontro seguido do telefonema com o presidente americano, Donald Trump, a aprovação pela Câmara da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a condenação de Bolsonaro, foram alguns dos fatos que beneficiaram a avaliação do presidente petista nos últimos meses.

A maioria dos entrevistados pela Quaest (49%) considera, em sua maioria que Lula saiu mais forte depois do telefonema com Trump, 65% acham que ele deve manter uma postura amigável com Trump, mesmo com os ataques feitos pelo americano, 79% se manifestaram favoráveis a proposta do governo para o IR e 64% concordam em cobrar dos mais ricos para compensar a redução dos que ganham menos.

Embora a pesquisa não tenha avaliado a condenação do ex-presidente Bolsonaro pelo STF, foram feitas perguntas sobre a proposta de anistia dos envolvidos nos episódios do dia 8 de janeiro e 47% se manifestaram contra a anistia contra 35% favoráveis incluindo o próprio Bolsonaro e 8% a favor apenas para os manifestantes do oito de janeiro. Com o detalhe que 52% se manifestaram contra a redução das penas por considerarem que foram justas.

Economia

Já a percepção da população em relação à economia continua dissonante com os índices oficiais, embora também mostre uma tendência de melhora. Para 42% a economia do Brasil piorou nos últimos 12 meses, mas esse dado já chegou a ser de 56%. Embora os números da inflação venham em queda, 63% consideram que os preços nos supermercados aumentaram no último mês e só 15% acham que caiu e 73% acham que o poder de compra está menor comparando há um ano.

Até mesmo o emprego, que pelos dados oficiais do IBGE, está no melhor momento da história com vários setores expressando dificuldade para contratar novos funcionários, está em sintonia com o sentimento da população. Nada menos do que 49% acham que está mais difícil hoje encontrar emprego do que há um ano contra 42% que acham que está mais fácil. Esses dados sustentam a impressão de que o Brasil está na direção errada na avaliação de 56% dos entrevistados.

Na pesquisa divulgada pela Genial/Quaest em 19 de agosto, o presidente Lula aparece com 32% a 35% no primeiro turno. O levantamento mostra que, diante da fragmentação da oposição, os nomes mais competitivos para disputar o segundo turno contra Lula seriam Bolsonaro que está inelegível, com 24%, Michele, a esposa dele, com 18%, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas com 17%.

Claro que o cenário pode mudar da noite para o dia como vem acontecendo neste segundo semestre em relação ao começo do ano, mas hoje Lula vive um cenário favorável com tendência de melhora como mostra a pesquisa.

Agora é aguardar a Quaest divulgar os números de outubro de intenção de voto para a disputa presidencial do próximo ano.

 

 


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