Natal subiu mais no ranking Firjan de Gestão Fiscal em 2024, chegando a 0,8694. Os municípios com resultados acima de 0.8, numa escala que vai até 1.0, são classificados como Gestão de Excelência.
O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) é um estudo anual feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro que avalia a qualidade da gestão financeira dos municípios brasileiros, utilizando dados fiscais oficiais declarados pelas próprias prefeituras à Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
O índice mede a gestão das contas municipais com base em indicadores como Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez, atribuindo uma pontuação de 0 a 1, onde 1 representa uma gestão de excelência. O objetivo é incentivar a responsabilidade administrativa e a eficiência na gestão dos recursos públicos.
A evolução de Natal no índice mostra um crescimento anual contínuo desde 2020 quando praticamente todos os municípios caíram devido a pandemia da Covid 19. Desde 2022 estava classificado no índice como Boa Gestão, mas no ano passado subiu para Gestão de Excelência ao ultrapassar os 0.8 no IFGF.
No quesito Autonomia que mede a capacidade de arrecadação própria Natal tem nota máxima, bem como na gestão de pessoal, quesito que cresceu em 23 e 24 e mede o comprometimento da receita com pagamento de pessoal.
No item Liquidez, que mede a capacidade do município de honrar seus compromissos financeiros de curto prazo, chega a 0,9269, perto da nota máxima.
A pior nota de Natal é no item Investimentos, que analisa a proporção das receitas que são destinadas a investimentos em infraestrutura e desenvolvimento, com 0,5588.
Os dados oficiais mostram que o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos) entregou a prefeitura ao seu sucessor com a situação fiscal em dia, ainda que não tenha concluído várias obras que deixou iniciadas e agora vem sendo entregues pelo prefeito Paulo Freire, para preservar a gestão fiscal do município.
O IFGF tem grande credibilidade e tem servido como referência por tornar público em ranking os dados de mais de 5 mil municípios brasileiros que pela Lei de Responsabilidade Fiscal são obrigados a apresentar suas contas à Secretaria do Tesouro Nacional até 30 de abril de cada ano. Já o STN tem 60 dias para disponibilizar os dados ao público.