Quanto mais sol, mais energia solar.
O que é uma idéia geral para os leigos não é bem a realidade para os técnicos especializados no assunto. Eventos de “irradiância extrema” têm afetado grandes usinas de geração em todo o país causando danos aos equipamentos devido ao seu superaquecimento.
Para estudar o assunto, o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis e a TotalEnergies inauguraram em Natal uma usina fotovoltaica piloto onde serão estudados os efeitos de eventos extremos na geração de energia solar. Com investimentos de R$ 5,4 milhões, o projeto é financiado através da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A usina tem capacidade instalada de 200 kilowatt-pico (kWp) e deve entrar em operação no segundo semestre deste ano com 380 módulos solares, de diferentes tecnologias para investigar os raios que incidem sobre os módulos com uma potência superior à que eles podem suportar o que, na prática, pode danificar os equipamentos, segundo explicou Antonio Medeiros, coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento do ISI-ER, à agência Eixos.
O projeto pretende responder a questões sobre a freqüência do evento, em que época do ano é mais comum e que conseqüência traz ao setor. “A usina piloto está completamente configurada para trazer informações a respeito”, diz a pesquisadora líder do Laboratório de Energia Solar do Instituto e coordenadora do projeto, Samira Azevedo.
Desde 2028 o Senai desenvolve estudos no Rio Grande do Norte que identificam a presença da sobreirradiância, mas é a primeira vez que a instituição terá uma linha de pesquisa específica e um laboratório dedicado para estudar o fenômeno.