O Rio Grande do Norte está entre os Estados que correm o risco de ter um apagão devido a sobrecarga na rede elétrica. O alerta partiu da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) que inclui outros 10 Estados na relação dos que podem sofrer apagões.
Por incrível que pareça o risco existe exatamente pelo excesso de energia gerada pelos micro e minigeradores que expandiram sua capacidade de produção com a proliferação das placas de energia solar em residências e lojas comerciais. Segundo a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar), o setor de energia solar já recebeu investimentos de mais de R$ 200 bilhões.
O problema é o chamado fluxo reverso de energia que é a sobra da energia não aproveitada pelo usuário e que volta para rede elétrica criando uma sobrecarga no sistema de transmissão e pode levar ao desligamento do sistema.
OUTRO LADO
Esse risco está implicito no Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (Sistema Integrado Nacional), mas a ONS diz que o aumento da geração distribuída e a inversão de fluxo de potência em algumas subestações "são fenômenos técnicos mapeados e que estão sendo tratados pelo ONS, que trabalha em conjunto com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Ministério de Minas e Energia (MME) e Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para garantir a modernização da infraestrutura da rede elétrica"
Ou seja, o que a ONS diz é que o estudo é justamente para que sejam tomadas medidas como reforços na rede de transmissão, aprimoramento dos requisitos técnicos para conexão ao Sistema e a instalação de equipamentos que aumentam a segurança e estabilidade do sistema para evitar os riscos apontados no relatório.