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Revolução no comércio

O Tik Tok Shop iniciou operações no Brasil esta semana. A funcionalidade de compras da rede social da ByteDance permite que usuários adquiram produtos por meio do feed de conteúdo orgânico; em transmissões ao vivo de influenciadores ou marcas; em uma vitrine exibida no perfil da marca e em uma aba do TikTok Shop no aplicativo, que deverá ser disponibilizada nos próximos meses.

tiktok shop

 (Crédito: Ka Iki/Shutterstock)

No Brasil, a chegada da ferramenta é vista com bons olhos e otimismo por parte do mercado. Projeções do Santander estimam que o TikTok Shop movimente R$ 39 bilhões no Brasil até 2028, o que representa entre 5% e 9% do total do e-commerce local.

Ainda que o social commerce não seja uma novidade, a natureza de compras na rede social altera a dinâmica da relação com o consumidor e o que está sendo vendido, indica Vitor Knijnik, CEO da Snack Content.

Segundo ele, marketplaces ainda baseiam-se em vendas a partir da procura específica por um item, enquanto o TikTok Shop rompe com esses conceitos: é mais intuitivo, sedutor, espontâneo e cria um novo momento para o varejo. Neste sentido, o fundador da Snack Content, Nelson Botega, corrobora: “O Tik Tok é um e-commerce que começa antes do carrinho, essa é a grande evolução. Não existe mais feed, agora é vitrine”, acrescentando o caráter de compra por impulso da plataforma.

De fato, o TikTok Shop surfa na tendência do consumo aliado ao entretenimento, e a viralização vira ativo. Ou seja, vídeos e temas mais engajados podem performar melhor dentro da plataforma. As categorias de beleza e saúde, moda, casa e decoração, eletrônicos e esportes são o pontapé padrão para o lançamento em todos os mercados – e não à toa, têm grande poder de repercussão, defendem.

“O TikTok Shop vai incomodar players como Amazon e Mercado Livre porque eles não têm poder de mídia dentro das plataformas”, alega Felipe Macedo, co-CEO e Fundador da Corebiz, parte do WPP. Diferente de funcionalidades de compra que foram aplicadas às redes sociais da Meta, o diferencial do app chinês é o fato de toda a jornada de compra acontecer dentro da plataforma sem a necessidade de direcionamentos externos.

Entrada na plataforma

Marcas que ingressarem na plataforma terão acesso gratuito a uma audiência de massa: são mais de 100 milhões de brasileiros que utilizam a rede social. Para Rafael Yamaga, professor do curso de Comunicação e Publicidade da ESPM, o que muda agora é que as plataformas finalmente estão criando o ambiente ideal para que o hábito digital se traduza em vendas.

O TikTok oferece dois formatos de anúncios voltados para o TikTok Shop. No primeiro, o GMV Max, marcas ou lojas promovem seus conteúdos para que sejam exibidos no feed dos usuários. Já o GMV Max permite o impulsionamento de transmissões ao vivo feitas pelas marcas, aumentando a visibilidade dessas lives e, consequentemente, das oportunidades de venda.

Assim, a compra deixa de ser um destino final e passa a ser possibilidade constante durante a interação, comenta o professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “Isso exige do varejo uma mudança de mentalidade: não basta mais marcar presença digital, é preciso entender o contexto em que a decisão de compra acontece: muitas vezes, essa decisão é emocional, quase instantânea”, diz.

 

Com informações da Meio e Mensagem 


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