A nova pesquisa Real Time Big Data, divulgada nesta quarta-feira (3) pela revista Carta Capital, mostra que, enquanto a corrida pelo governo do Rio Grande do Norte começa a ganhar contornos mais definidos, a disputa pelas duas vagas ao Senado permanece completamente aberta e é hoje o cenário de maior imprevisibilidade para 2026.
No levantamento para o governo, o prefeito de Mossoró, Alyson Bezerra (União Brasil), aparece na dianteira nos dois cenários testados. No primeiro, ele tem 36% das intenções de voto, contra 34% do senador Rogério Marinho (PL), o que configura empate técnico. No segundo cenário, Alyson amplia a vantagem e chega a 42%, enquanto o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), registra 17%.
Já a disputa pelo Senado apresenta outro panorama: fragmentado e sem um desenho claro de forças. Styvenson Valentim (PSDB) lidera isoladamente nos dois cenários, com 22% das intenções de voto. A partir daí, a disputa pela segunda vaga se mostra completamente embolada.
No primeiro cenário, Fátima Bezerra (PT) aparece com 15%, seguida por Álvaro Dias (14%), Carlos Eduardo Alves (PSD) e Zenaide Maia (PSD), ambos com 13%. Todos estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro de três pontos.
No segundo cenário, Fátima e Zenaide surgem com 16% cada, acompanhadas de perto por Carlos Eduardo, que tem 14%. O Coronel Hélio (PL) aparece com 8%.
Um dado novo do levantamento é a inclusão do nome de Rivaldo Fernandes (PV), superintendente do Ibama no RN e presidente estadual do Partido Verde. Ele aparece com 1% em ambos os cenários. O número ainda é tímido, mas para um nome que nunca esteve numa chapa majoritária, com pouca visibilidade, e sem grandes estruturas partidárias ou qualquer movimentação de campanha, é significativo por marcar sua primeira aparição em uma pesquisa desse porte. Nos bastidores, Rivaldo é apontado como um dos nomes que o grupo governista pode trabalhar para compor uma chapa majoritária ao lado da governadora Fátima Bezerra, caso ela realmente dispute o Senado em 2026.
Com cada eleitor podendo citar dois candidatos, como ocorrerá na urna, o levantamento reforça que, apesar da posição confortável de Styvenson, a segunda vaga ao Senado segue totalmente em aberto e pode ser influenciada por rearranjos políticos ao longo de 2025.
Na disputa para o governo ainda podem ocorrer mudanças significativas como a possível decisão do vice-governador Walter Alves de não assumir o cargo em abril, o que mudaria o contexto da disputa caso ele indique um apoio a Allyson, ou mesmo a desistência, sempre comentada nos bastidores, do senador Rogério Marinho, abrindo espaço para que uma candidatura do ex-prefeito Álvaro Dias. De toda forma, o cenário começa a se afunilar em torno de Alyson Bezerra e Rogério Marinho, com o governista Cadú ainda bem atrás, indicando uma disputa mais nítida que a que se desenha para o Senado.
