O total de migrantes que vivem fora de sua região de nascimento soma, aproximadamente, 19,2 milhões de pessoas. Desses, 10,4 milhões nasceram no Nordeste, representando 54% do total, o que indica que mais da metade dos moradores migrantes são dessa região. Além disso, destaca-se que 65,5%, ou seja, 6,8 milhões de nordestinos que vivem fora da sua região de nascimento residem na região Sudeste, refletindo a forte atração histórica da região Sudeste sobre a população Nordestina. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE com base no Censo 2022.
Por outro lado, o Nordeste registra o menor número de migrantes nascidos em outras regiões, sendo que a maioria, 66,4%, tinha como região de nascimento o Sudeste, possivelmente refletindo o movimento de retorno de nordestinos acompanhados por seus familiares nascidos em outras regiões.
Os dados também mostram que São Paulo não é mais o Estado com maior atrativo de pessoas. Santa Catarina assumiu o posto de estado com o maior ganho de saldo populacional em razão dos movimentos migratórios entre as unidades da federação. O quadro, diz o IBGE, mostra uma "mudança histórica", já que a liderança do ranking havia sido ocupada por São Paulo nos recenseamentos anteriores, de 1991, 2000 e 2010.
O Rio Grande do Norte registrou uma perda de 0,14% da sua população em relação ao Censo anterior.