A polêmica obra de reforma do hospital Tarcisio Maia ganhou mais um capítulo hoje. Finalmente, o governo conseguiu fazer a rescisão do contrato com a empresa Marbella Residence, que até então era responsável pelas obras em Mossoró. Com isso, a segunda colocada no processo licitatório, a empresa WSC, foi convocada e já está em fase de mobilização para dar início aos trabalhos nos próximos dias.
Essa rescisão e nova contratação fica a cargo da secretaria de Infraestrutura. Segundo o secretário Gustavo Coelho, a rescisão ocorreu de forma amigável após a Marbele enfrentar dificuldades para cumprir o cronograma da obra, levando a paralisações e notificações por parte do Estado.
A obra contempla a reforma do setor de pediatria, necrotério, centro cirúrgico, central de materiais esterilizados e lavanderia, além da ampliação da unidade de nutrição e dietética. Também está prevista uma revisão completa do sistema elétrico do hospital, com instalação de novos geradores e melhorias na linha de alimentação de energia, garantindo mais autonomia para a unidade.
O valor do contrato será reajustado conforme os índices previstos no edital e está sendo analisado pela equipe técnica do governo, com acompanhamento da Caixa Econômica Federal. O prazo inicialmente estabelecido para a conclusão da obra é de 360 dias
O Tarcisio Maia é referência em urgência e emergência para mais de 60 municípios da região e tem sido alvo de polêmica desde que o senador Styvenson Valentim questionou o andamento da obra em parte realizada com recursos de emendas ao OGU apresentadas por ele. Na semana passada, o Ministériio Público do Estado expediu recomendação ao Governo do Estado para que sejam adotadas medidas imediatas para assegurar a execução contínua das obras. A recomendação foi publicada no Diário Oficial do Estado em função de prazos não cumpridos em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O TAC previa prazos para a execução dos serviços, mas em vistoria à unidade foi constatado que estes não foram cumpridos.
Em janeiro, a empresa responsável avisou que não iria dar continuidade aos trabalhos, segundo a oposição por falta de pagamento, segundo o governo por problemas da empresa em cumprir o cronograma. Não diz se o problema é justamente pela falta de pagamento.
Mesmo levando mais de dois meses para fazer o distrato, o governo diz que o compromisso é com a celeridade na execução da obra.
Na torcida para que realmente a reforma termine no próximo ano.