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Indústria do RN cai 9,5% em outubro e tem segundo pior resultdo do país na comparação anual

A produção industrial do Rio Grande do Norte registrou um forte recuo de 9,5% em outubro de 2025, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-PF Regional), divulgada pelo IBGE. O estado teve a segunda maior queda entre os 18 locais pesquisados, ficando atrás apenas de Mato Grosso do Sul (-17,8%).

O desempenho negativo potiguar aconteceu em um mês em que a indústria nacional também mostrou perda de ritmo — queda de 0,5% — e em que apenas seis estados recuaram na comparação anual. O RN integrou esse grupo ao lado de Mato Grosso (-8,2%), São Paulo (-4,6%), Paraná (-4,1%) e Pará (-3,9%).

Embora o IBGE não detalhe, neste recorte, os setores específicos que mais influenciaram o resultado potiguar, o RN historicamente depende de atividades como extração mineral, fabricação de combustíveis e alimentos, segmentos que, quando oscilam, impactam diretamente o desempenho geral da indústria local. A posição do estado no ranking indica perda de dinamismo em áreas sensíveis e reforça a volatilidade da produção potiguar ao longo do ano.

O desempenho contrasta com o comportamento de estados como Espírito Santo (18,3%), Amazonas (12,5%) e Goiás (11,7%), que registraram avanços de dois dígitos e lideraram o crescimento em outubro. Em sentido oposto, o Maranhão repetiu exatamente o nível de produção de outubro de 2024 (0,0%), enquanto o restante do país oscilou entre quedas moderadas e crescimentos expressivos.

Na leitura do mês contra mês, a pesquisa destacou movimentos importantes em grandes centros industriais do país. O Rio de Janeiro liderou as influências positivas, com crescimento de 4,1% em outubro, impulsionado pelos setores extrativo, químico e de derivados de petróleo, após dois meses de retração. Minas Gerais também avançou (2,1%), alcançando a terceira alta consecutiva.

Entre os recuos, São Paulo — responsável por cerca de 33% da produção industrial do país — registrou queda de 1,2% no mês, pressionado pelos setores de alimentos e derivados do petróleo. O estado acumula perda de 1,7% em dois meses e segue 22,8% abaixo de seu auge industrial, registrado em março de 2011. O Rio Grande do Sul teve a queda mais intensa no índice mensal, -5,7%, interrompendo três meses seguidos de crescimento.

A PIM-PF Regional acompanha, desde a década de 1970, o comportamento da produção industrial nos estados com maior peso no setor. No caso do Rio Grande do Norte, o indicador é considerado referência para medir a evolução de cadeias como petróleo, energia, mineração, bebidas e indústria de transformação em geral.

Os dados completos da pesquisa podem ser acessados no Sidra, o banco de dados do IBGE. A próxima divulgação da PIM Regional está marcada para 14 de janeiro.

 


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Heverton de Freitas