A federação formada por PP e União Brasil decidiu romper com o governo e migrar oficialmente para a oposição. O gesto foi tão “decidido” que os dois partidos chegaram a afastar dos seus diretórios os ministros que ousaram permanecer no Palácio — André Fufuca, dos Esportes, e Celso Sabino, do Turismo. Aparentemente, a coerência partidária parou na porta dos gabinetes ministeriais.
Mesmo sob pressão das cúpulas, Fufuca e Sabino continuam firmes e confiantes, amparados por bancadas que parecem saber o valor de uma caneta ainda cheia de tinta — especialmente quando o mandato ainda tem muito pela frente.
Entre os que não demonstram pressa em subir no palanque oposicionista está o deputado João Maia (PP). Nesta semana, ele publicou uma foto sorridente ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhado dos prefeitos de Upanema e Umarizal, discutindo pautas que beneficiam diretamente diversos municípios potiguares.
Na agenda, projetos importantes: o Hospital de São Gonçalo do Amarante, o Hospital de Pequeno Porte de Upanema, a criação do Centro Especializado em Reabilitação (CER) para crianças neurodivergentes, investimentos no SAMU e na Academia dos Idosos em Umarizal.
“Saímos muito otimistas com os encaminhamentos e com o compromisso do ministro Padilha em fortalecer a saúde pública dos municípios do Rio Grande do Norte”, escreveu o deputado — em tom tão cordial que faz parecer que a tal “oposição” é apenas um detalhe burocrático.
Se esse é o novo jeito de fazer oposição, talvez o governo nem precise mais de base aliada.