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Black Friday e o novo golpe no mercado

A Black Friday está chegando e com ela o aumento nas tentativas de fraude no comércio eletrônico. O período, que movimenta bilhões de reais em vendas no país, também é um dos mais visados por cibercriminosos. Segundo o relatório O Futuro do E-commerce, publicado pela Veriff em 2025, as tentativas de fraude crescem, em média, 22% durante a semana de promoções.

Os golpes são variados: falsificação de identidade, phishing, uso de cartões roubados e criação de sites falsos estão entre os mais comuns. O momento de empolgação com os descontos costuma ser o mesmo em que o consumidor se torna mais vulnerável.

Em 2024, 82% de todas as fraudes digitais envolveram falsificação de identidade, em que criminosos se passam por usuários legítimos para realizar compras ou acessar contas. Hoje, uma em cada 20 verificações de identidade apresenta indícios de fraude, e o setor de e-commerce é o principal alvo, com cerca de 20% das sessões consideradas suspeitas.

Um golpe que vem ganhando força é o chamado typosquatting, quando hackers criam sites com endereços muito semelhantes aos de grandes marcas, trocando uma letra, símbolo ou extensão do domínio, por exemplo, transformar “.com” em “.co”. O objetivo é simples: enganar o usuário apressado, que acaba inserindo dados pessoais ou bancários em páginas falsas.

Como se proteger na Black Friday

Especialistas em segurança digital recomendam atenção redobrada nos próximos dias. Entre as principais orientações estão:

  1. Verificar a URL do site antes de realizar qualquer compra e desconfiar de endereços com erros de digitação ou domínios diferentes do oficial.

  2. Preferir acessar lojas digitando o endereço diretamente no navegador ou por meio de buscadores confiáveis.
    Evitar clicar em links recebidos por e-mail, SMS ou redes sociais, especialmente se prometem grandes descontos.

  3. Conferir o cadeado e o “https” na barra do navegador, embora não sejam garantia total, indicam que a conexão é criptografada.

  4. Usar gerenciadores de senha, que ajudam a evitar o preenchimento automático em sites falsos.
    Ativar autenticação em duas etapas em contas e aplicativos.

  5. No trabalho, priorizar logins via SSO (Single Sign-On), que concentram a autenticação em provedores oficiais e reduzem o risco de roubo de credenciais.

Cuidados também para as empresas

O problema não afeta apenas os consumidores. Do lado das lojas virtuais, a pressão também é crescente: 85% dos clientes esperam reembolso em caso de golpe. Isso faz da segurança uma questão não apenas tecnológica, mas também de reputação e confiança.

Investir em verificação de identidade, autenticação biométrica, análise comportamental e monitoramento em tempo real é hoje essencial para reduzir fraudes sem comprometer a experiência de compra.

Desconfie de preços muito abaixo da média e busque informações sobre o histórico de descontos das lojas. Muitos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, divulgam listas de sites suspeitos e rankings de reclamações durante a Black Friday.

 


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Heverton de Freitas