Segundo a pesquisa Quaest divulgada hoje, a aprovação do presidente Lula na região Nordeste teve uma queda preocupante para o governo. Ele chegou a ter 69% de aprovação contra 24% de desaprovação em outubro de 2024, mas viu as curvas se aproximarem cada vez mais nos últimos meses e agora na pesquisa realizada entre 27 e 31 de março, a aprovação caiu para 52% e a desaprovação subiu para 46%.
Como a região Nordeste é onde o governo do presidente Lula sempre teve o melhor desempenho, a situação geral do presidente na pesquisa nacional vem mostrando pioras constantes. No geral, a desaprovação do presidente Lula chegou a 56% e a aprovação a 41%, uma tendência que vem crescendo desde o final do ano passado.
Apesar de todos os dados positivos da economia que o governo segue propalando, a maioria dos entrevistados não está percebendo isso. Ao contrário, 56% acham que a economia piorou nos últimos 12 meses.
O emprego em alta nas estatísticas não está sendo percebida pela população. 53% acham que está sendo mais difícil encontrar um emprego hoje do que há um ano; 88% apontam que o preço dos alimentos subiu no último mês, 70% que o preço da gasolina subiu, 65% que o preço da energia elétrica subiu. Resultado, 81% acham que o poder de compra dos brasileiros caiu em comparação com um ano atrás.
Nada menos do que 71% dos entrevistados acham que o presidente Lula não tem conseguido cumprir as promessas de campanha e 43% considera que o governo Lula é pior do que o de Bolsonaro, enquanto 39% acham melhor o atual governo.
Papel da comunicação
Mas ainda há esperança de reverter o quadro se a aposta do governo em comunicação funcionar e o governo conseguir fazer as pessoas tomarem conhecimento das suas ações positivas.
Quando apresentados às principais ações do governo como zerar a alíquota de importação de alimentos, 56% disseram que não estavam sabendo disso; 46% não sabiam da proposta de zerar o Imposto de Renda para quem ganha até 5 salários mínimos.
As notícias negativas sobre o governo continuam prevalecendo. Do total de entrevistados, 47% disseram ver mais notícias negativas e 23% mais positivas. O esforço do ministro Sidônio Palmeira para que o presidente dê mais entrevistas, não têm sido percebidos pela população, 50% disseram que o presidente tem aparecido menos e as vezes que aparece não estão ajudando muito. Nada menos do que 50% disseram que as aparições de Lula têm piorado a percepção que o entrevistado tem sobre o presidente.
O Sidônio tem muito trabalho pela frente até porque foi anunciado como o salvador da Pátria pelo governo.
A pesquisa ouviu 2004 pessoas presencialmente e tem margem de erro de 2%.