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SMS consegue tirar Coopmed para contratar Justiz por mais de R$ 160 milhões sem licitação

Na manhã desta segunda-feira, 1º de setembro, a Justiz Terceirização de Mão de Obra Ltda. passou a operar nas unidades de saúde da capital potiguar, rompendo com a tradicional fornecedora Coopmed, que até ontem (domingo, 31) mantinha os serviços médicos em funcionamento.

A mudança faz parte de uma disputa jurídica que começou em maio quando a Prefeitura de Natal publicou um edital no valor de R$ 270 milhões para uma dispensa de licitação de  terceirização de mão de obra médica. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) defendeu a dispensa de licitação alegando urgência no atendimento, enquanto o processo licitatório de 2023 continuava suspenso o que fez com que a Coopmed atuasse sem contrato durante esse período, recebendo seus pagamentos por indenização.  Contudo, o edital prometido na época para uma licitação efetiva, no lugar da contratação por dispensa. ainda não foi publicado.

Do valor do chamamento público, depois do pregão realizado,  a empresa  Justiz celebrou um contrato no valor de R$ 166, milhões e outros contratos que juntos  somam R$ 41,6 milhões foram firmados com a Proseg. Ambas as empresas possuíam registro no Conselho Regional de Administração, o critério questionado pela Coopemed que não possui  esse tipo de registro e questionou a exigência como uma  forma de favorecer  as duas  empresas vencedoras.

O Tribunal de Justiça do RN, no entanto, não entendeu assim, modificou entendimento da primeira instância e autorizou o início da execução contratual a partir de 1º de setembro.

O primeiro dia do novo contrato foi tumultuado. A COOPMED divulgou nota aos cooperados informando a paralisação dos serviços prestados ao Município de Natal, mas a Justiz não conseguiu preencher as escalas. A Prefeitura acusa o sindicato da categoria a estar pressionando os profissionais a não assinarem com a Justiz. 

A decisão da Coopmed ocorre mesmo após determinações judiciais que orientavam a continuidade do atendimento pela cooperativa e a suspensão dos contratos nº 005 e 006/2025. Segundo a nota, a paralisação considera que, mesmo diante das lacunas nos serviços assistenciais clínicos, ambulatoriais e cirúrgicos, não cabe à COOPMED-RN assumir os ônus da decisão administrativa do município.

 


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Heverton de Freitas