Finalmente as águas do rio São Francisco chegaram ao Rio Grande do Norte, um sonho de muitos e uma bandeira que durante anos mobilizou a sociedade e a classe política potiguar.
A transposição é uma ideia que vem do tempo do Império, mas o projeto começou a ser efetivamente realizado no governo Itamar Franco, quando o então ministro da Integração Regional, Aluízio Alves, mobilizou uma equipe de cerca de 400 técnicos para resgatar o projeto que estava engavetado havia décadas. À frente dessa força-tarefa estava o potiguar Bira Rocha, secretário nacional de Irrigação, que coordenou os trabalhos em várias frentes no país e participou da entrega do projeto ao presidente Itamar, em dezembro de 1994.
Passados mais de 30 anos, a disputa política pela paternidade da obra segue o roteiro da polarização que vive o país, mas pouco se fala no visão de Aluizio que deixou marcas nos cargos que exerceu, ou no trabalho incansável de quem deu os primeiros passos para que a água estivesse hoje ajudando a encher as barragens do RN.
Desde daquela época, a obra atravessou resistências políticas, questionamentos ambientais e até mesmo fortes manifestações da Igreja Católica, que em diferentes momentos apoiou a ideia de levar água ao semiárido, mas também levantou críticas severas sobre seus impactos sociais e ecológicos — como ficou simbolizado nas greves de fome do bispo Dom Luiz Cappio, na Bahia.
Passadas três décadas, Bira Rocha revisita nesta entrevista essa história, fala sobre o papel de Aluízio Alves, explica os atrasos na execução e analisa como a transposição foi explorada politicamente ao longo do tempo.
ENTREVISTA BIRA ROCHA
Por Heverton de Freitas
Qual foi sua primeira reação ao ser chamado pelo ministro Aluízio Alves para integrar a equipe da Transposição do São Francisco?
A minha primeira reação foi não aceitar porque eu tinha saído do serviço público e prometi a mim mesmo que nunca mais assumiria um cargo público. Mas Aluízio era um camarada que sabia conquistar as pessoas. Eu fui o último secretário de Agricultura que teve a Emergência. Aquilo era uma coisa degradante, a gente pagava 100 mil pais de família para ficar nas beiras das estradas dizendo que estavam fazendo alguma coisa, não estavam, estavam apenas para receber uma miséria de menos de um quarto do salário-mínimo. Também a gente não cobrava o resultado do trabalho porque era tão pouco que ganhavam e tão grande a miséria. Era um valor degradante. Teve até um general presidente que veio a Currais Novos e gravou uma frase que eu nunca mais esqueci. Ele disse: eu vi na terra do sal, os emergentes comendo sem sal.
Eu pensava, se tem 100 mil emergentes no RN e se um hectare irrigado emprega duas pessoas, se eu tiver 50 mil hectares irrigados, não tem mais a Emergência. Essa imagem me motivou muito a aceitar o desafio. O fato é que acabei aceitando, mesmo sabendo que era uma tarefa muito difícil porque havia uma reação contrária muito forte. Quando se mexe com recursos naturais sempre tem uma reação contrária.
De onde vinha essa reação?
Principalmente da Bahia, liderada por Antônio Carlos Magalhães, e de Minas Gerais. Mas montamos uma equipe que tinha um dos cinco maiores engenheiros de barragens do Brasil, Romulo Macedo, e um amigo que é Alexandre Firmino que é um bom administrador. Nós fomos para Brasília na esperança de montar essa equipe.
Qual era o papel de Rômulo e de Alexandre Firmino no projeto?
Rômulo era o chefe da área técnica. Ele que comandava toda a equipe técnica que definiu o traçado, os projetos complementares, toda a parte de engenharia. Ele comandou no mínimo 370 homens. Tinha a disposição dele dois aviões, os escritórios em todos os Estados e Rômulo é meio doido, aliás, é doido e meio. Um homem honesto, sem ambições pessoais, e que trabalhou como nunca nesse projeto com a intenção mesmo de fazer acontecer. E Alexandre Firmino era o camarada que tinha o passe livre na Secretaria Nacional de Irrigação para não deixar faltar recursos. Toda a parte administrativa. Ele sabia que tinha carta branca, então ninguém mexia no dinheiro que vinha para o projeto da transposição e o trabalho não parava. O Itamar sabia da necessidade da transposição, era meio esquisitão, mas absorveu aquela história de dois empregos para um hectare irrigado e a transposição passou no coração da seca.
Mas a equipe tinha gente espalhada em vários Estados numa época em que não havia o trabalho remoto.
Verdade. Tínhamos gente em todos os Estados do Nordeste. Depois eu disse a Aluízio, isso aqui tem que ser feito pela iniciativa privada que toca e vai fazer o projeto e a gente tem que gerenciar ela. Fiz a licitação para fazer o projeto, houve muitos concorrentes, inclusive um escritório pequeno do Rio de Janeiro que entrou com um mandado de segurança e a juíza mandou parar tudo. E foi uma frustração muito grande logo no início.
Isso foi logo no começo do governo Itamar Franco?
Não. Foi nos últimos sete meses do governo. Aluízio pensava a frente do seu tempo achava que podia fazer tudo. Falar de Aluízio é pisar no mesmo lugar. O Rio Grande Norte é um antes e outro depois de Aluízio.
Mas quando a licitação deu problema e tão pouco tempo como fazer?
Eu me reuni com Rômulo e Aluízio e a gente chegou à conclusão que dava para fazer se fosse com os funcionários requisitados de diversos órgãos públicos sem ser da administração direta. Reunimos mais de 400 pessoas nos diversos Estados do Nordeste, também, como secretário nacional de Irrigação, substituí o ex-ministro Vicente Fialho, com um andar todo da secretaria, um andar inteiro do DNOCS. Aqui no RN tínhamos um escritório em Mossoró e outro em Souza, na Paraíba, e pessoas trabalhando em todo o Nordeste. Tínhamos aviões do DNOCS, da Codevasf e até do Banco do Nordeste para trabalhar em cima disso.
Vocês esperavam fazer essa obra em tão pouco tempo ou ao menos iniciar?
Na cabeça de Aluízio e do presidente Itamar Franco dava para gente iniciar as obras, mas eu disse que nunca daria. Um projeto muito grande, tinha muita oposição e precisamos de reunir muita gente. Para você ter uma ideia, quando a topografia começou a andar, que chegou naquela área do chamado triângulo da maconha, não deixaram os técnicos entrarem nas propriedades para fazer a topografia. Então, recomeremos ao Batalhão de Engenharia do Exército, aí foi que conseguimos poder passar a topografia, uma coisa que nunca tinha sido feita. Depois tinha outra parte complexa que era projetar os equipamentos eletromecânicos como bombas, estações, tudo feito na indústria de base nacional. Muitas coisas aconteciam porque eu tinha carta branca de Aluízio e consequentemente de Itamar Franco.
Mas voltando a Aluízio, qual foi o papel dele no resgate do projeto da transposição?
Aluízio era um visionário, um homem além do seu tempo. Ele quando estava com um projeto na cabeça era capaz de qualquer coisa. Ninguém fez mais oposição a Getúlio Vargas do que Carlos Lacerda e Aluísio na Tribuna da Imprensa, mas na hora de pedir para trazer a energia de Paulo Afonso para o Rio Grande do Norte, Aluísio foi a Getúlio. Eu conversava muito com ele e eu dizia: Não há desenvolvimento sem energia e água e ele tinha na cabeça de que ele foi o pioneiro em trazer a energia e queria trazer a água e não tinha outra solução. Tinha um projeto dos tempos do imperador Pedro II, tinha depois um projeto que ficou pela metade feito pelo ministro Andrezza, mas na prática tinha que fazer tudo de novo.
E ele não tinha receio de enfrentar uma oposição muito pesada a esse projeto?
Ele dizia que quando foi para trazer a energia os baianos diziam que ia faltar energia em Salvador quando ligasse a energia de Paulo Afonso para o Rio Grande do Norte, a Paraíba e o Ceará. E sabia que iria dizer algo parecido com a transposição e de fato, eles alegavam que a transposição iria secar o São Francisco. Aconteceu exatamente como ele dizia. A gente mostrava que só a evaporação da barragem de Sobradinho leva três vezes mais água na evaporação do que a transposição, mas a política é a política e Antônio Carlos diariamente estava batendo em cima.
O senhor acha que se não fosse Aluízio Alves as águas do São Francisco teriam chegado agora ao Rio Grande do Norte?
Não. Aluízio acordava cedo disposto a brigar com os baianos ou quem fosse na mídia, nos debates, aonde fosse. Ele gostava dessa briga. Ele foi talhado na briga.
Ele tinha muita proximidade com o presidente Itamar Franco?
Nem tanto. Itamar era um camarada de poucos amigos. Muito sisudo e foi um grande injustiçado porque depois o Fernando Henrique apossou-se do que ele fez. O Plano Real é de Itamar Franco. Eu estive com ele umas duas ou três vezes e ele só dizia para mim Toque para Frente. Não esmoreça, toque para frente. Ele não gostava de Antônio Carlos, aí Aluízio assumia essa briga e teve a carta branca e todo o apoio dele para fazer esse projeto. A mim também Aluízio deu plenos poderes com a secretaria de Irrigação, o DNOCS e a Codevasf sob as minhas ordens para poder fazer o projeto. Mesmo nessas empresas havia uma reação contrária de algumas pessoas. Era um projeto muito polêmico eu mesmo estava sem acreditar na hora que entregamos o projeto a Itamar Franco.
A equipe técnica desses órgãos era contra o projeto?
Alguns eram contra porque empresa pública sempre está lá colocado por político e boa parte da Codevasf é formada por baianos e pernambucanos que ficavam em cima do muro. Pernambuco já tinha água do São Francisco só não fazia a exploração dessa água.
O senhor falou da topografia, mas qual foi o maior desafio técnico para fazer esse projeto, saber por onde os canais iriam passar como transpor as serras num percurso tão grande?
A topografia muito boa foi feita pelo batalhão de engenharia e tínhamos um material da DNPE que já tinha mapeado a área. E naquela área começou a ser usado o GPS que auxiliou muito. A gente tinha que procurar contornar as serras porque se não tinha que ter túnel que aumenta os custos. Mas tinha lugar que não tinha jeito. Eu sei que lá pelas tantas fui atrás do melhor especialista em túnel e ele estava no Peru, eu fui a Aluízio, ele disse: aluga um avião, traga o homem e o resto eu me responsabilizo. Ele não tinha medo de enfrentar essas coisas, mas isso ele fazia porque tinha o aval de um presidente que não teve um processo no mandato dele. Para o projeto não faltou dinheiro.
Como foi pensado o projeto da transposição?
Aluízio disse para mim, chegou a água e agora?
Ele chegou à conclusão com Itamar de colocar na lei que os Estados fazem o projeto do aproveitamento da água e o governo federal banca. Diga qual foi o único Estado que até hoje não fez? Exatamente o Rio Grande do Norte.
E as adutoras não era um projeto casado com o São Francisco?
Era de uma maneira. Você podia montar as adutoras, mas não tinha certeza de água. A transposição não liga as bombas o tempo todo. Se num ano você tem quantidade de água suficiente nas barragens não liga a transposição. A transposição dá a segurança hídrica tanto para o abastecimento humano como para a indústria. Ninguém vai fazer um investimento de milhões num projeto irrigado ou de camarão se não tiver certeza de que não vai faltar água.
A diferença comparativa do Rio Grande do Norte é luz, calor e umidade. As adutoras se casam com a transposição nesse sentido. Foram feitos alguns barramentos grandes para ter essa água armazenada como a barragem de Santa Cruz, de Oiticica, se montou um esquema para dar a garantia hídrica.
Voltando a falar do projeto, qual foi a atuação da Igreja nesse processo?
A Igreja Católica ficou dividida, uma parte queria e outra parte não. Monsenhor Expedito brigava pela transposição, outros da Bahia como o bispo de lá ficou radicalmente contra, dizendo que o rio ia secar.
Mas teve influência no projeto?
Ela teve influência, através da CNBB, em segurar o projeto alegando questões ambientais e essa ideia de que ia faltar água na Bahia, mas o primeiro projeto aprovado com as águas do São Francisco foi justamente em Irecê, na Bahia, e outro grande em Minas Gerais. Está dando certo porque a transposição, como eu disse, não é retirada constante de água. A verdade é que as adutoras e a energia prenderam o homem do campo no interior, claro que teve também os programas sociais que vieram depois, sobre os quais sou a favor, mas acho que tem que ter uma porta de saída, mas esse é outro assunto.
O senhor e Aluízio entregaram o projeto da transposição a Itamar Franco em dezembro de 94, nos últimos dias de governo, mas esse projeto só saiu muitos anos depois. Por que demorou tantos anos para a execução da obra?
Caiu nas mãos de Fernando Henrique e a ideia dele era querer endireitar o Sul. Para o grupo de Fernando Henrique Cardoso, o Brasil terminava em Minas Gerais. Ele engavetou e não saiu mesmo durante oito anos. Foi uma decisão política. Ele veio duas vezes ao RN e prometia que ia começar, mas nunca começou.
Então o senhor atribui ao governo Lula?
O presidente Lula disse que iria fazer a transposição nem que tivesse que levar as latas na cabeça. A verdade é que foi no governo Lula que ele teve coragem de começar. Em extensão esse projeto deve ser um dos maiores do mundo, dá uns quatro mil quilômetros de canais. É um projeto polêmico, que sempre gera briga e em todo lugar do mundo onde houve transposição houve briga.
Agora que a água chegou ao Rio Grande do Norte o que pode acontecer?
Precisa o Rio Grande do Norte, e aí eu falo nas entidades de classe também, fazer um projeto ou mais de um, mostrando quão valiosa a transposição vai ser para a economia do RN. Poucos Estados têm as condições de ter ao mesmo tempo luz, calor e umidade. A chapada do Apodi é uma riqueza, mas cadê uma coordenação do governo para ver como a água será utilizada.
Aqui na região de Parazinho e João Câmara há terras muito boas para a produção se houver água. Hoje vi aqui em Natal dois caminhões da Famosa que vem trazendo frutas de Mossoró e Baraúnas, muitos quilômetros daqui. Mas se começar a produzir ali no Mato Grande quantos quilômetros a menos para o aeroporto e o porto de Natal? A logística hoje vale muito num mercado globalizado.
Mas a transposição atinge essa região?
Na hora que você tiver certeza da água pode chegar lá. Eu e Rômulo e a equipe deixamos um projeto que traz a água de Ipanguaçu, passa por Parazinho e vai até despejar na nascente do rio Maxaranguape. Natal vai precisar dessa água também.
O senhor acha que essa exploração política em torno da obra se quem fez foi Lula, se foi Bolsonaro, atrapalhou ou atrasou o projeto?
Existem muitos pais da obra. Teve Lula, Bolsonaro com Rogério Marinho foi outro pai, teve outros paraibanos. Essa coisa de pai de obra pública é muito complicada.
Na sua avaliação houve um reconhecimento dos pioneiros nesse projeto agora que chegou ao RN?
Eu diria que não. Os pioneiros não têm os aplausos. Faz, quebra a cabeça, leva muita pancada, mas aquele que corta a fita é que fica com os méritos. Nunca me incomodei muito com isso.
Teve algum fato pitoresco que o senhor se lembra?
Rômulo Macedo era o artífice disso tudo. A certa altura recebo a notícia de que Rômulo tinha sofrido um acidente de carro e estava no hospital em Mossoró com as pernas e os braços quebrados. Eu disse: acabou a transposição. Mas fui visitá-lo e ele já tinha saído do hospital, aí fui para o escritório da transposição em Mossoró, está ele numa cama deitado e na frente dele uma prancheta e ele desenhando com um braço só para não parar as coisas.
Outra história boa foi numa oportunidade em que tínhamos que ir aos Estados explicar o projeto. Aluízio foi convidado a ir a Bahia para uma audiência pública, mas chegamos a conclusão que era melhor ele não ir porque poderia até ser agredido já que a disputa era radical demais. Eu fui representando Aluízio e quando cheguei no Centro de Convenções da Bahia no lugar de ser introduzido direto no palco, onde estava a mesa montada, me mandaram entrar pelo meio do público com o auditório lotado. Quando anunciou meu nome que eu entrei, o auditório ficou em pé vaiando. Foi a primeira vaia em pé que eu vi. Eu andando no corredor, as pernas tremiam um pouco, mas fui lá e fiz a explicação.
Outra coisa que me lembro aconteceu em Brasília. Lá em Brasília só se começa a trabalhar depois das 9 horas. Quando assumi eu fui para o prédio da secretaria de Irrigação as 7 horas da manhã e o segurança não me deixou entrar, ele disse aqui só abre depois das 9. Eu recebi o apelido de Infraero porque tinha um diretor do ministério que dizia que àquela hora em Brasília só funcionava a Infraero e a Secretaria Nacional de Irrigação.
Para encerrar, agora que o projeto está praticamente concluído o que falta fazer?
O Rio Grande do Norte devia se unir, governo e entidades de classe, e montar um projeto de uso das águas do São Francisco. Um projeto que ultrapasse os governos, que seja um projeto do Estado. Não há uma diretriz que pense no todo. Um projeto para essa região do Mato Grande, incluir a duplicação da BR para facilitar o escoamento, via aeroporto, de frutas para a Europa. Hoje, o que temos são vários projetos de irrigação que estão funcionando, mas tem que ter uma coisa que veja todo o potencial. A Chapada do Apodi pode ser um polo maior do que Petrolina e Juazeiro. Falta a união. Eu falei com um camarada que tem um projeto em Mossoró e ele me disse que expande a plantação porque não tem água, mas na hora que chegar vai expandir. Ele hoje deve ter uns 1500 funcionários, mas não expande porque está tirando água do subsolo que não aguenta tirar tanto. Tem um limite. Cadê o projeto grande para aproveitar essa água da transposição, que pense no escoamento, no porto, no aeroporto, no aproveitamento da energia eólica que produzimos aqui? O que vejo hoje é cada um pensando no seu projeto político pessoal. Está faltando um homem público que tenha um projeto de Estado.
O senhor foi secretário de agricultura e presidente da Federação das Indústrias, duas áreas diferentes, qual é em sua opinião a vocação econômica do RN?
Ninguém se meta a fazer indústria se ela não tiver a vantagem comparativa. Naquela época o polo gás sal tinha vantagem comparativa, mas os políticos botaram o dedo. O Canadá só tem quatro meses no ano que tem calor, luz e umidade, nós temos os 365 dias por ano. Ninguém se compara a nós quando vai produzir aqui. O Brasil tem locais que tem três safras por ano. Nós aqui no RN temos que ter um projeto para a agroindústria. Agora que temos a segurança hídrica com a água do São Francisco, temos que pensar em água, luz e calor. Ter um plano de uso dessa água para produzir e beneficiar o que produzirmos coisas em que temos vantagem comparativa.
O Brasil continua sendo a fazenda do mundo. Temos que procurar nossas potencialidades e ver no que podemos nos incluir nessas cadeias globais agora que temos energia, calor e temos a água.