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Natal fica em 7º lugar entre capitais nordestinas com maior potencial de consumo

Natal ficou em sétimo lugar entre 10 cidades nordestinas com maior potencial de consumo, com R$ 31,6 bilhões por ano. Os dados são da IPC Marketing Editora que há mais de 30 anos avalia o Índice de Potencial de Consumo (IPC) dos estados e municípios brasileiros a partir de dados oficiais. A novidade deste ano é que a região Nordeste ultrapassou o Sul e tornou-se a segunda maior força consumidora do país, com 18,6% de participação nacional. O destaque está na ampliação da base econômica regional: 194 dos 1.793 municípios nordestinos agora movimentam mais de R$ 1 bilhão por ano, um salto de 26 cidades em relação a 2024.

No ranking das regiões, o Sudeste segue no topo, respondendo por 48,1% do consumo nacional. Como já mencionado, a Região Sul, com 18,5% de representatividade, perde o segundo lugar para o Nordeste, que aumenta sua fatia para 18,6%. Na quarta posição vem o Centro-Oeste, com 8,8% e, então, a Região Norte, cuja participação é inferior a 6%.

O Nordeste agora na 2ª posição dentre as cinco regiões em 2025, deverá ter um crescimento significativo. “A prevalecer o atual cenário de real desvalorizado, a região vai continuar atraindo turistas estrangeiros, o que será muito positivo para a economia nordestina”, diz Marcos Pazzini, coordenador da pesquisa.

O Brasil deverá movimentar R$ 8,2 trilhões em consumo em 2025, com crescimento de 3,01% em relação a 2024, impulsionado pela melhoria no emprego formal e renda. De acordo com os dados do IPC Maps 2025, o Nordeste deverá crescer acima da média nacional e movimentar R$ 1,52 trilhão em consumo neste ano, ficando atrás apenas do Sudeste (48,1%). O valor é quase equivalente ao PIB de países como o Paraguai ou o Kuwait, destacando o peso nordestino na economia brasileira.

Com um IPC de 1,2441 e um volume de gastos estimado em R$ 101,41 bilhões por ano, Salvador ocupa a 6ª posição no ranking nacional, destacando-se como principal motor econômico da região. Logo atrás, Fortaleza aparece em segundo lugar no Nordeste e 7º no Brasil, com um IPC de 1,18109 e consumo total de R$ 96,27 bilhões. O terceiro lugar regional fica com Recife, que registra R$ 59,82 bilhões em consumo anual e IPC de 0,73383, ocupando a 12ª posição no país.

São Luís (4º), Maceió (5º), João Pessoa (6º), Natal (7º), Teresina (8º) e Aracaju (9º) completam a lista das capitais nordestinas no top 10. Já Jaboatão dos Guararapes (PE), cidade da região metropolitana do Recife, fecha o grupo das dez maiores, com consumo de R$ 23,28 bilhões.

O interior ganha peso cada vez maior. Municípios como Feira de Santana (BA), Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE) e Imperatriz (MA) se destacam entre os 50 maiores mercados do país, refletindo o crescimento do emprego formal e a migração de microempreendedores para cidades com menor custo de vida. “A força do consumo está se interiorizando. São municípios fora das capitais que já mostram musculatura própria, o que exige atenção de investidores e do poder público”, afirma Pazzini.

 


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