A cerca instalada pela prefeitura de Barra do Maxaranguape para evitar que os jacarés que apareceram numa lagoa no distrito de Maracajaú saíssem do local, levando risco para os moradores, não foi suficiente.
Ontem, alguns animais foram flagrados dentro de uma unidade de saúde e também foi avistado um jacaré em uma pousada, causando preocupação também para os empresários que vivem do turismo no local.
O assunto preocupou os órgãos ambientais e foi convocada uma reunião de emergência para hoje pelo diretor técnico do Idema, Thales Dantas, com a presença do superintendente do IBAMA, Rivaldo Fernandes, e outros técnicos dos órgãos, além da Prefeitura de Maxaranguape, para tentar encontrar uma solução.
O problema da proliferação de jacarés na lagoa em Maracajaú, no município de Barra do Maxaranguape, continua preocupando a população local pela proximidade com os animais que chegaram a entrar em algumas casas.
Desde abril, os animais apareceram na lagoa que se forma no local no período das chuvas, mas este ano, os moradores contaram que a quantidade que surgiu foi bem maior o que os estava assustando porque há várias casas próximas e inclusive uma escola e uma unidade de saúde.
A Prefeitura acionou então o IBAMA e o Idema para tentar achar uma solução para a retirada dos animais, mas a única orientação que surgiu até então foi a instalação de uma cerca ao redor da lagoa para evitar que os animais saiam e também que alguma pessoa chegue muito perto ou alimente os animais, o que, segundo os ambientalistas, estaria na origem do surgimento dos jacarés em tanta quantidade naquela área.
A Secretaria de Sustentabilidade Ambiental da Prefeitura de Maxaranguape disse na época que estava atuando na conscientização da população local para que evite alimentar os jacarés e também instalou a cerca com sinalização sobre a presença dos animais. Chegaram a acontecer reuniões também com outras prefeituras da região que se ofereceram para receber parte dos animais, mas o problema não foi resolvido porque não foi encontrada um local adequado para que os animais sejam remanejados que não cause desequilíbrio ambiental nem represente risco à população.
Os ambientalistas acreditam que os animais deram um jeito de passar pela cerca a procura de comida já que continuam se multiplicando e a alimentação disponível na lagoa não está sendo suficiente para todos.
ATUALIZAÇÃO
Após a reunião dos órgãos ambientais ficou definida um grande mutirão ambiental na região com a presença da Prefeitura, Idema, IBAMA, Ministério Público, empresários e a população.
Até lá, a orientação é que a população chame a Polícia Ambiental em caso de encontrar algum animal em casa ou outro ambiente. Os ambientalistas garantem que essa espécie de jacaré, conhecida por papo amarelo não representa risco porque não costuma atacar humanos.