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IBAMA e IDEMA vão criar Complexo Ambiental em Mossoró

Mossoró poderá ganhar um dos mais importantes equipamentos ambientais do semiárido brasileiro. O IBAMA e o IDEMA firmaram uma cooperação técnica para a criação de um Complexo Ambiental multi-institucional, que reunirá em um mesmo espaço órgãos estaduais e federais voltados à defesa do meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável.

A proposta prevê a requalificação completa de uma área pública hoje subutilizada onde funciona um parque municipal em Mossoró, cujo contrato de cessão terminou e não foi renovado pela Prefeitura e que agora passará a abrigar a nova sede regional do IDEMA e instalações do IBAMA, ICMBio e da Polícia Ambiental. O espaço será coordenado pelo Governo do Estado e atuará como polo de fiscalização integrada, combate ao desmatamento e às queimadas, pesquisa, educação ambiental e recuperação de áreas degradadas.

O superintendente do IBAMA no Rio Grande do Norte, professor Rivaldo Fernandes, destacou o caráter transformador da iniciativa. “Estamos convertendo um espaço esquecido em um centro estratégico para a conservação ambiental, especialmente da Caatinga, um bioma que precisa ser protegido com urgência.”

O projeto está em fase de articulação entre os órgãos envolvidos. A primeira reunião ocorreu em Natal, entre o superintendente do IBAMA e o diretor técnico do IDEMA, Thales Dantas. A etapa mais recente, em Mossoró, marcou o início dos encaminhamentos para formalização do plano de trabalho e definição das responsabilidades técnicas e administrativas de cada instituição.

Pela proposta, caberá ao Governo do Estado, por meio do IDEMA, coordenar as ações e liderar os trâmites necessários para a implantação do complexo. Já o IBAMA atuará na integração dos órgãos federais e na estruturação de ações conjuntas de fiscalização e licenciamento.

Segundo Rivaldo Fernandes, a cooperação representa “uma entrega estratégica do Governo Federal e do Governo do RN para Mossoró e todo o Oeste. Agora, é fundamental que o Estado avance com agilidade nesse projeto estruturante”.

Semiárido potiguar

Mais de 90% do território do Rio Grande do Norte está inserido no bioma Caatinga, o único exclusivamente brasileiro e um dos mais vulneráveis ao desmatamento e à desertificação. O futuro Complexo Ambiental de Mossoró pretende atuar justamente nesse ponto sensível: fortalecer a presença institucional no território, ampliar a capacidade de fiscalização e criar uma cultura de sustentabilidade e uso racional dos recursos naturais.

O projeto também tem dimensão urbana e social, ao propor a revitalização de uma área degradada que passará a oferecer espaços de uso público, atividades de educação ambiental e integração com escolas e comunidades da região.

Desafios e potencial transformador

A proposta é que o espaço funcione também como centro de referência em licenciamento, monitoramento por satélite e capacitação técnica, com apoio de universidades e instituições de pesquisa.

Se concretizado, o equipamento poderá se tornar o maior polo público de gestão ambiental do semiárido, unindo infraestrutura moderna, atuação integrada e impacto direto na melhoria da qualidade de vida das populações locais.


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