O empresário paraibano Sérgio Leandro de Almeida Borba, de 47 anos, foi encontrado morto na tarde desta terça-feira (9) em uma área de mata no município de Baía Formosa, no litoral Sul do Rio Grande do Norte. O corpo estava parcialmente carbonizado. Ele era natural de Itabaiana, na Paraíba, e trabalhava no ramo de eventos. O desaparecimento havia sido registrado pela filha na segunda-feira (8), depois que a família perdeu o contato com o empresário. Segundo a Polícia Civil paraibana, Sérgio chegou a enviar mensagens de emergência por SMS à família na noite em que sumiu, o que levantou a suspeita de que poderia estar sob ameaça.
As buscas começaram ainda na manhã de terça, quando equipes da Polícia Civil da Paraíba, da Polícia Civil do RN e da Polícia Rodoviária Federal passaram a monitorar deslocamentos de veículos suspeitos. O corpo foi localizado em uma área de difícil acesso em Baía Formosa, após rastreamento de informações ligadas ao carro da vítima. A Polícia Científica do Rio Grande do Norte realizou uma primeira análise no local e não identificou marcas de tiros ou perfurações por arma branca, mas somente sinais de carbonização, o que torna a necropsia fundamental para esclarecer em que circunstâncias a morte ocorreu e se a queima do corpo foi realizada antes ou depois da morte.
Poucas horas após a confirmação do achado, três homens foram presos no distrito de Café do Vento, em Sobrado, na Paraíba. Eles são apontados como integrantes de um grupo criminoso voltado para delitos patrimoniais. A principal linha de investigação é de que o crime tenha sido motivado por interesse em bens da vítima. Imagens recuperadas pela polícia mostram Sérgio pela última vez no sábado (6), em João Pessoa, descarregando caixas relacionadas ao seu trabalho.
As autoridades afirmam que a investigação segue em andamento para esclarecer a dinâmica do crime, identificar possíveis novos envolvidos e confirmar se houve participação de algum mandante. O corpo do empresário foi encaminhado ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), e o laudo oficial deverá indicar a causa da morte. A família acompanha o caso e aguarda a conclusão das análises. A Polícia Civil do RN e a polícia paraibana seguem trabalhando de forma integrada.