melão.jpg

Empresa potiguar entre as selecionadas na chamada Finep-BNDES para centros de inovação

O Rio Grande do Norte está entre os estados contemplados na chamada pública realizada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para implantação, expansão ou atração de centros de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação (PD&I) no Brasil. A potiguar Nossa Fruta Brasil, com sede em Mossoró, foi uma das dez empresas do Nordeste aprovadas para a etapa de estruturação dos Planos de Suporte Conjunto (PSC).

A companhia atua no beneficiamento e exportação de frutas congeladas e apresentou projeto voltado a pesquisa em conservação, rastreabilidade e controle de qualidade para frutas tropicais, área estratégica para o fortalecimento do agronegócio no semiárido.

No total, a chamada pública recebeu 618 inscrições e registrou R$ 57,4 bilhões em investimentos propostos. Dessas, 100 propostas foram selecionadas para avançar, incluindo as dez empresas nordestinas, distribuídas em cinco estados: Bahia (seis projetos), Pernambuco (um), Ceará (um), Alagoas (um) e Rio Grande do Norte (um).

A Bahia lidera a lista regional, com companhias ligadas a diferentes polos produtivos — do Polo Petroquímico de Camaçari ao polo de tecnologia de Ilhéus. O Nordeste como um todo soma iniciativas em setores considerados estratégicos para a nova política industrial, como agroindústria e alimentos, biotecnologia, saúde, energia renovável, tecnologia da informação, borracha e materiais industriais.

Segundo Finep e BNDES, os projetos selecionados somam R$ 10 bilhões em investimentos, dos quais R$ 8,9 bilhões com pedido de apoio financeiro. O suporte será oferecido por meio de crédito, subvenção econômica, participação acionária e recursos não reembolsáveis.

As iniciativas devem resultar na contratação de 935 pesquisadores — sendo 572 mestres e 363 doutores — para atuar em pesquisa aplicada e inovação tecnológica. Somente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, estão previstos R$ 4 bilhões em investimentos.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o volume de propostas recebidas e aprovadas “superou em muito o orçamento inicial, confirmando o êxito da política industrial em curso”. Já o presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, destacou que o programa é também um incentivo à retenção de talentos científicos no país e sinalizou ajustes na chamada “Conhecimento Brasil” para ampliar a contratação de pesquisadores.

O resultado final da etapa de estruturação dos Planos de Suporte Conjunto será divulgado até 26 de outubro, com definição das metas específicas para cada empresa contemplada.

Empresas nordestinas selecionadas pela chamada Finep–BNDES

  • Nossa Fruta Brasil (RN) – beneficiamento e exportação de frutas congeladas

  • Aeris (CE) – pás eólicas

  • Borrachas Vipal Nordeste (BA) – materiais para mobilidade

  • Nucleon (BA) – oncologia e pesquisa clínica

  • Usina Petribu (PE) – setor sucroenergético

  • Digitron da Amazônia (BA) – eletrônicos e hardware nacional

  • Pontes Indústria de Cera (BA) – cera de carnaúba

  • Amico Saúde (BA) – equipamentos médicos

  • Bioma Indústria e Comércio (BA) – bioinsumos e biotecnologia

  • Anidro do Brasil Extrações (AL) – óleos essenciais e ativos naturais

 

Com informações do Movimento Econômico 


Notícias relacionadas

Mais lidas

Perfil

Foto de perfil de Heverton Freitas

Heverton de Freitas