O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou as novas normas para a cirurgia bariátrica. Entre as principais mudanças estão a ampliação das recomendações, que vão permitir que pessoas com IMC menor e adolescentes façam a cirurgia.
A bariátrica é usada como tratamento da obesidade e das doenças relacionadas. Segundo os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), entre 2020 e 2024, o Brasil realizou 291 mil cirurgias.
As novas regras foram publicadas nesta terça-feira (20). Segundo a entidade, a mudança nas exigências tem como base estudos que comprovaram que é segura e eficaz em um leque maior de pessoas.
Mudança no IMC mínimo
Entre as principais mudanças estão a redução do IMC mínimo para a cirurgia. Agora, pessoas com IMC entre 30 e 35 passam a poder realizar o procedimento.
O índice de massa corporal (IMC) é o peso em quilos dividido pela altura ao quadrado. Entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso. Se for superior a 30 é considerado obesidade grau I.
No entanto, para isso, é necessário apresentar algum quadro de saúde relacionado. Neste ponto, a resolução também trouxe mudanças:
Antes, só podiam se submeter à cirurgia pacientes com até 10 anos de diagnóstico de diabetes, com mais de 30 e menos de 70 anos de idade.
Agora, não existe mais tempo mínimo de convivência com a doença ou idade. Além disso, o leque de doenças também foi ampliado.
Podem fazer bariátrica as pessoas com IMC de 30 que tenham:
diabetes tipo 2
doença cardiovascular grave
apneia do sono grave, entre outros
doença renal crônica precoce
doença gordurosa hepática
refluxo gastroesofágico
A resolução também deixa de restringir a idade e o tempo de convivência com a doença.
Do G1