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Cai o número de assassinatos no RN

O Rio Grande do Norte melhorou sua situação em relação ao número  de homicídios. De acordo com os dados do Mapa da Violência 2025 divulgados pelo Instituto de Pesquisas Aplicadas (IPEA) e o Fórum da Segurança  Pública.

Os números de referem a 2023 e mostram uma queda de 18,8% na quantidade de homicídios por mil habitantes no Estado em relação a 2022. Em números absolutos, caiu de 32,5 para 26,4 homicídios por mil habitantes no RN. Em 1017 esse número chegou a ser de 63,8. Desde que esse levantamento começou a ser feito em 2013 a queda foi de 49,7%. Foram registrados 955 assassinatos no Estado em 2023.

No Nordeste, só o Piauí ficou em uma posição  melhor com 22 homicídios por 100 mil habitantes. A pior situação é  da Bahia com 43,9 assassinatos a cada mil habitantes. Foram 6.616 assassinatos.

“Em resumo, evidencia-se que na década passada o Brasil despertou para a necessidade de mudar a forma de fazer segurança pública, de uma maneira inercial, baseada no improviso e centrada meramente no policiamento ostensivo, para um paradigma baseado em planejamento e boa gestão orientada por resultados e pelas evidências quanto ao que funciona”, diz o relatório do Fórum de Segurança Pública, citando os Estados que vem obtendo reduções sistemáticas com base em um conjunto de ações que visam melhorar a efetividade da segurança pública através de estratégias com base na boa gestão por resultados, qualificação do trabalho policial orientado pela inteligência e programas multissetoriais de prevenção da violência. Entre eles, o Rio Grande do Norte com o Plano Estratégico da Segurança do RN (Planesp).

60 Jovens assassinados por dia no Brasil

A morte violenta é a principal causa de óbito de jovens entre 15 e 29 anos no Brasil. Em 2023, 34% das mortes de jovens no país foram conseqüência de homicídios. Do total de 45.747 homicídios registrados no Brasil em 2023, 47,8% vitimaram jovens entre 15 e 29 anos. 21.856 jovens tiveram suas vidas ceifadas prematuramente, o que corresponde a uma média de 60 jovens assassinados por dia no país.

O Rio Grande do Norte foi o Estado que mais reduziu a taxa de mortalidade de jovens apresentado uma queda de 24,5% entre 2023 e 2022. Quando comparado os assassinatos de jovens pelo número de jovens de cada unidade da federação, o  Rio Grande do Norte ainda fica acima da média do Brasil com  52,8 mortes por 100 mil jovens, ainda aqui uma queda já que esse número  chegou a ser de 151,4 em 2017.  O estado com  melhor  desempenho é São Paulo onde, apesar do número absoluto bem maior, há uma taxa  de morte  de jovens por assassinato de 10,2 a cada 100 mil jovens, bem abaixo da média nacional  de 45,1,

Violência contra as mulheres

Em 2023, os registros apontam para 3.903 mulheres vítimas de homicídio no país, o que equivale a uma taxa de 3,5 mulheres por grupo de 100 mil habitantes do sexo feminino. No RN foram 63 homicídios de mulheres em 2023, o que implica 3,4 por  cada  cem mil  habitantes,  também em queda  em comparação como os anos anteriores.

Apesar de todas as campanhas de conscientização feitas pelo Poder Público  em diversos níveis, os registros de agressões não letais a mulheres, seguem em alta no Brasil.  O Atlas da Violência não  traz  dados por Estado, já  que se vale do Sistema de Notificação de Agravos (Sinam) produzidos pelo Ministério da Saúde  e das secretarias de Segurança Pública. O uso dessas informações foi devido a que o Sinan trata de casos suspeitos ou confirmados de qualquer forma de violência, cuja notificação é obrigatória.

De um total de 275.275 registros relacionados à violência contra mulheres no ano de 2023 no Brasil, 177.086 enquadram-se em casos de violência doméstica, o que corresponde a 64,3% de todas as violências contra pessoas do sexo feminino, um crescimento de 22,7%, passando de 144.285 registros em 2022 para 177.086 no ano seguinte.

Transito ainda mata muito

Outro dado interessante do levantamento diz respeito ao número  de mortes  por  acidente de trânsito. Considerando a variação nos últimos anos, entre 2018 e 2023, os três Estados que tiveram maior êxito em reduzir a taxa de mortes no trânsito foram RN (-23,5%), DF (-16,1%) e CE (-15,8%). Os três em que se observou o maior aumento de óbitos nesse período foram RO (+40,2%), BA (+27,3%) e AP (+24,4%).

Um aspecto de central importância diz respeito às mortes envolvendo sinistros com motocicletas. No Piauí, 69,4% dos óbitos no trânsito envolvem motocicletas. Em sete Estados, essa proporção é superior a 50%, sendo que seis deles situam-se no Nordeste. No RN,  47,6% das mortes com acidente de trânsito  envolveram motocicletas. O Estado registrou 412 óbitos em acidentes de trânsito em 2023, dos quais 196 foram mortes de motociclistas.

 


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